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Publicado em: 08/07/2020 às 14:40

Série Bahia Faz Ciência comemora um ano de apoio à divulgação científica

Por: Ascom/Fapesb

Iniciativa da Secti e da Fapesb dá visibilidade a pesquisadores através da divulgação de seus trabalhos

E se os estudos científicos não existissem? Com certeza o mundo não teria vacinas e a cura para muitas doenças. A humanidade também estaria longe de desvendar diversos mistérios, como a origem do espaço e da vida. Foi justamente pensando em dar visibilidade aos cientistas baianos que a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) lançaram a série Bahia Faz Ciência (BFC) em 8 de julho de 2019, quando é comemorado o Dia da Ciência e do Pesquisador. Um ano depois, a iniciativa acumula a divulgação de cerca de 50 projetos de pesquisadores de universidades, institutos e escolas de todas as regiões do estado das mais diversas áreas do conhecimento, como saúde, agronomia, humanas, tecnologia, dentre outros.

A secretária da Secti, Adélia Pinheiro, explica que a série de reportagens funciona como uma ponte entre o meio acadêmico e a sociedade. “O Bahia Faz Ciência surgiu para dar visibilidade ao trabalho das pesquisadoras e pesquisadores, mostrando à população tudo aquilo que vem sendo produzido nas universidades e outras instituições de pesquisa do estado. Esse trabalho incansável dos nossos cientistas ajuda a criar soluções para diversos problemas da sociedade, como a produção de vacinas, novos remédios e novos protótipos tecnológicos sempre com foco em melhorar a qualidade de vida das pessoas. Essa centelha que plantamos serve para mostrar que o povo baiano produz ciência de ponta, sendo destaque em todo o Brasil”, disse.

Disponível toda segunda-feira nos canais oficiais da Secti e da Fapesb, as matérias também são disponibilizadas à imprensa baiana. Com a divulgação, é comum que os cientistas conquistem uma maior visibilidade aos seus projetos. “Ciência é importante. Ela muda a vida das pessoas. Por isso, a população deve saber o que está acontecendo nos laboratórios e outros lugares de pesquisa. Isso as ajuda a conhecer melhor o mundo em que vivem, a sonhar com um mundo melhor e não ficarem vulneráveis a orientações erradas e a informações falsas. Na minha experiência, quando as pessoas entendem sua pesquisa, logo você se vê cercado de colaboradores e de apoio ao seu projeto”, destacou Washington Santos, cientista da Fiocruz Bahia com trabalho divulgado pela série.

O pesquisador do IF Baiano de Catu, Saulo Capim, que também já teve suas pesquisas científicas contempladas pelo projeto, afirma que divulgadores da ciência possuem a responsabilidade de transformar um conteúdo científico e de linguagem específica em um conteúdo que possa ser consumido e entendido por pessoas de fora daquele campo de conhecimento. “O projeto Bahia Faz Ciência chegou com o intuito de democratizar o acesso ao conhecimento científico desenvolvido por pesquisadores e estudantes no Estado. Em um ano de atividade, este projeto criou condições para levar ao conhecimento de uma grande parcela de cidadãos assuntos e pesquisas que impactam de alguma forma na sociedade baiana. Para mim, que venho lutando a cada dia pelo incentivo a ciência brasileira, é uma honra fazer parte deste projeto. E ações como estas devem ser valorizadas, pois é de fundamental importância que a sociedade conheça e discuta o que se produz de ciência nas instituições baianas”, declarou.

A adaptabilidade a assuntos emergenciais da sociedade é outro ideal do BFC. Quando a série foi lançada, um dos primeiros projetos divulgados se tratava de um novo teste para a Doença de Chagas, que na época teve crescimento no Oeste do Estado. Já em meio à pandemia da Covid-19, pesquisas voltadas para este assunto tiveram destaque, como foi o caso de um estudo para identificar inibidores do coronavírus em substâncias do cacau, do pesquisador Carlos Pirovani, da Uesc, em Ilhéus. “A divulgação deste projeto, através da Secti, abriu portas para que toda a comunidade pudesse conhecer esta pesquisa por outros meios de divulgação como imprensa escrita, rádio e TV, alcançando a população em geral. Além de dar conhecimento dessas importantes ações, passamos a contar com a torcida, o pensamento positivo, o incentivo da população que acredita na ciência e a vê como uma forma de trazer desenvolvimento e inovação em benefício de todos e, assim, continuar o processo de construção de uma nação soberana”, disse Carlos.

Quem também teve trabalho divulgado pelo BFC foi Aisamaque Gomes, pesquisador do IF Baiano de Itapetinga. Para ele, seu trabalho recebeu um vislumbre maior após ser divulgado para a imprensa. “A mídia tem um papel fundamental para a ciência em fazer a população entender de forma mais acessível como a ciência impulsiona novos conhecimentos, abordagens e descobertas. Como esse trabalho precisa ser conhecido pela grande massa, a mídia acaba por expandir o que foi e desenvolvido na Academia, como aconteceu com o meu projeto que se trata de uma ferramenta para o atendimento de pessoas surdas na pandemia da Covid-19”, celebrou.

Responsável por financiar grande parte dos projetos citados, a Fapesb, um dos pilares do apoio à pesquisa na Bahia, foi classificada em ranking divulgado pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) como a segunda FAP que mais concede bolsas em todo o país. Para o diretor geral da Fapesb, Márcio Costa, o número reflete o compromisso do Governo da Bahia com a ciência. Ele também destaca a importância de descentralizar a divulgação científica para além da capital. “Sempre foi uma preocupação comtemplarmos todas as regiões do estado. Um ano depois, olhando os números, temos a certeza que estamos no caminho certo. Divulgamos trabalhos sobre protótipos para criar água potável e outro para melhorar a agricultura local, ambos no Norte. Passamos pelo Recôncavo Baiano, com um projeto de iluminação pública, pelo Cerrado Baiano com fármacos naturais, além claro da capital com estudos para novas vacinas e até mesmo protótipos para melhorar a qualidade dos transportes públicos, e no Sul, com a produção de fertilizantes naturais, dentre outros”, concluiu.

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