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Publicado em: 17/07/2012 às 22:11

52º Congresso Brasileiro de Olericultura tem apoio da FAPESB

Por: Ascom/Fapesb

Teve início nesta segunda-feira, 16/07, o 52º Congresso Brasileiro de Olericultura (CBO), que este ano acontece em Salvador, na Bahia. O evento, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), é promovido anualmente pela Associação Brasileira de Horticultura (ABH) com o objetivo de reunir professores, pesquisadores, extencionistas, profissionais da área, estudantes, produtores e demais interessados na produção de hortaliças.

A mesa de abertura contou com a presença de Eduardo Salles, Secretário de Agricultura do Estado da Bahia, Paulo Roberto Santos, reitor da UESB, Tiyoko Nair Rebouças, presidente da ABH e presidente da comissão organizadora do evento, Roberto Paulo Machado Lopes, diretor geral da FAPESB, a superintendente Cássia Magalhães, representando a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, Warley Marcos Nascimento, representante da EMBRAPA/CNPH, Ludovico Wellmann Da Riva, representante do SEBRAE/Nacional, Edival Passos, representante do SEBRAE/Bahia e Arlete Marchi Tavares de Melo, presidente de honra do Congresso.

De acordo com o secretário Eduardo Salles, o setor agropecuário representa 24% do PIB da Bahia, gerando 30% dos empregos e é responsável por 42% das exportações do estado. A Bahia tem a maior população rural do país e o maior número de agricultores familiares, com 665 mil famílias. “Tudo isso nos dá uma dimensão do estado da Bahia, que tem 56 milhões de hectares, do tamanho da França, e mais de 60% desse território está no semiárido, com desafios muito grandes para enfrentar, principalmente nesse momento de seca”, disse.

Segundo o secretário, um grande problema no setor agrícola na Bahia é o fato de o estado produzir muitas culturas e não ter indústrias suficientes. “Produzimos aqui quase tudo: mamona, algodão, laranja, cacau. Apesar de ser o segundo maior produtor de algodão no país, a Bahia não possui uma indústria têxtil de porte, é o segundo maior produtor de laranja e não temos nenhuma indústria de laranja”, disse. Diante deste cenário, foram criadas 22 câmaras setoriais dentro da SEAGRI, das quais participam diversos seguimentos como pequenos, médios e grandes produtores, agroindustriais e comerciantes. A câmara de hortaliças está desenvolvendo um trabalho de planejamento para os próximos 20 anos.

Eduardo Salles salientou o trabalho realizado por Roberto Paulo à frente da FAPESB: “Roberto Paulo é uma pessoa que tem feito a diferença nessa Fundação e com certeza ainda vai fazer muito no apoio à pesquisa da horticultura no nosso estado”, disse. O reitor da UESB, Paulo Roberto Santos, concordou com a colocação do secretário: “Gostaria de corroborar com Eduardo e dizer que de fato a nossa FAPESB mudou a partir do momento que Roberto Paulo assumiu uma gestão inovadora acreditando que com a inovação tecnológica e a pesquisa é possível mudar a realidade do estado da Bahia”, disse. O reitor lembrou que a FAPESB tem sido parceira da UESB e de outras universidades baianas, apoiando os professores, pesquisadores, acadêmicos, programas de pós-graduação e fomentando, através de seus editais, as pesquisas nas instituições. “A FAPESB está mudando a realidade de nosso estado, dando uma perspectiva de futuro, para que a gente possa quebrar essa defasagem que ainda existe do nordeste e da Bahia em relação a outros estados brasileiros, na questão da pesquisa e da inovação tecnológica”, disse.

Para Paulo Roberto, a pesquisa e a inovação podem mudar o quadro de desigualdade social existente no Brasil, buscando soluções adequadas para esta realidade. “Um evento dessa natureza traz a possibilidade das nossas instituições poderem interagir, fortalecendo os pesquisadores produtores de novos conhecimentos, estimulando-os a produzir inovação tecnológica”, disse. Ele acredita que desta forma será possível melhorar a produtividade agrícola, dando condições para que os produtores possam sobreviver dessa atividade.

O diretor geral da FAPESB, Roberto Paulo, parabenizou a organizadora do evento, Tiyoko Nair, pela escolha do tema “Agroindustrialização de hortaliças”, principalmente pelo componente de inovação nele embutido: “Eu considero que é fundamental e crucial para o desenvolvimento de nosso estado e de nosso país a incorporação da inovação em nossos processos produtivos e nossa estrutura produtiva”, disse Roberto Paulo. Segundo ele, a inovação na agroindustrialização é fundamental porque aumenta a competitividade das cadeias produtivas. Mas, além disso, a inovação é importante, em sua opinião, pela sua capacidade de universalizar acessos. “Eu acho que nós só vamos conseguir tornar acessíveis a milhões de brasileiros produtos que antes só eram acessíveis aos mais aquinhoados com inovação”, disse.

Roberto Paulo acredita que trazendo esse evento para a Bahia, possibilitando a discussão dessa temática, contribui-se muito para a melhoria da qualidade das instituições baianas. Segundo ele, o evento contribui para romper com a inércia institucional: “Em um evento cientifico, introduzir a indústria como tema, como foco de debate, é romper padrões de comportamento”, disse. “Nós precisamos romper certas estruturas e a agroindustrialização é crucial para que possamos incorporar determinados sentimentos no homem do campo, que muitas vezes é avesso à introdução de novas tecnologias”. O diretor destacou a importância de ter um espaço de debates sobre este tema, para transformar o conhecimento gerado em valor econômico. “Esse é um espaço importante para que possamos transformar o conhecimento que foi gerado ao longo do tempo em produtos que possam se reverter em benefício direto para a humanidade”, concluiu.

Como parte da solenidade de abertura, o secretário Eduardo Salles proferiu palestra com o tema “Vantagens e oportunidades de agroindustrialização de hortaliças e frutas na Bahia”, seguido de uma apresentação da Companhia de Dança e Ritmo da Bahia, João D’Barro, que apresentou ao público danças típicas do estado.

O 52º CBO acontecerá até a sexta-feira, 20/07, e promoverá minicursos, palestras, mesas redondas, debates e exposições. Clique aqui para conferir a programação.

Fonte: ascom/fapesb

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