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Publicado em: 06/09/2011 às 14:27

FAPESB sedia palestra sobre Indicadores Científicos, Tecnológicos e de Inovação no Brasil

Por: Ascom/Fapesb

O Professor e Coordenador de Programas de Pós-Graduação e Pesquisas do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Eduardo Winter, apresentou na tarde de ontem, 05/09, no auditório da FAPESB, a palestra Indicadores Científicos, Tecnológicos e de Inovação no Brasil: Evolução e Desafios. O objetivo foi ampliar e aprofundar o conhecimento sobre os problemas e processos de avaliação da ciência e tecnologia no Brasil.

Após explicar os conceitos de ciência, tecnologia e inovação, Winter falou da importância do uso destes elementos, bem como do monitoramento de seus processos de produção e difusão, para o desenvolvimento da sociedade. Segundo o professor, é preciso medir a Ciência, Tecnologia e Inovação para estimular as investigações e a difusão de conhecimento da CT&I, além de acompanhar e avaliar as políticas públicas.

Winter deu um panorama histórico da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), responsável pela mensuração da C&T na Europa pós-guerra, a partir do qual surgiu a “Família Frascati” com normas para levantamento de dados em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Falou também sobre a Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), que compara as atividades de inovação tecnológica realizadas no Brasil com as de outros países a partir de indicadores setoriais.

Passando para os investimentos em P&D, o palestrante apresentou gráficos e tabelas com dados de mensuração dos dispêndios na área, com recursos dos governos federal e estadual. No cenário brasileiro, os indicadores mostram que grande parte dos recursos do governo vai para investimentos em P&D em universidades, seguidos de agricultura, saúde e outras áreas.

Segundo Winter, houve um crescimento muito grande em investimentos na Bahia nos últimos dez anos. Houve um aumento, também, de parcerias entre empresas, meio acadêmico e Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). “Os recursos em P&D externa são importantes, pois, para as micro e pequenas empresas, é muito arriscado e custoso montar laboratórios e contratar pessoal. Essas parcerias ajudam as pequenas empresas a desenvolver pesquisas de forma menos cara e arriscada”, explicou Winter.

O levantamento de recursos aplicados pelas empresas era feito, inicialmente, pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Industriais (ANPEI), conforme explicou o palestrante. Com a criação da PINTEC, a análise passou a ser mais segmentada e as informações mais abrangentes e confiáveis. De 2000 a 2003, por exemplo, a PINTEC registrou um aumento de investimentos das empresas na fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias de 11%. “As que mais investem são as micro e pequenas empresas, responsáveis pelo grande pólo de trabalho atual”, afirmou o professor.

Por fim, Winter falou que os artigos científicos e as patentes também servem como indicadores de C&T. Quanto maior o interesse por novas tecnologias, maior será a atividade de P&D e consequentemente o número de depósitos de patente. O mesmo se aplica à produção de artigos científicos, em relação a qual, em 2009, o Brasil encontrava-se em 13º no ranking mundial.

Fonte: ascom.fapesb

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