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Publicado em: 17/04/2015 às 17:58

Giro na Ciência – Cientistas criam câmera digital que gera sua própria energia

Por: Ascom/Fapesb

033. Foto 17.04.2015

Câmeras digitais e painéis solares possuem em comum uma característica especial: ambos convertem a luz que captam em corrente elétrica. A diferença está no uso que os aparelhos fazem da corrente. As câmeras medem a intensidade da luz que bate na lente, enquanto os painéis solares geram energia.

Um grupo de engenheiros da universidade de Columbia, em Nova York, decidiu usar essa característica em comum para criar uma câmera que gera sua própria energia. Ou seja: ela pode tirar fotos infinitamente, sem nunca precisar ser recarregada ou ter as pilhas trocadas.

A câmera é feita de sucata e foi apresentada nesta quarta-feira (15) em um congresso de fotografia computacional, a área da ciência que estuda como a computação pode revolucionar a arte de tirar fotos.

A máquina não consegue tirar as fotos ou gravar os vídeos mais bonitos do mundo. Mas essa nunca foi a intenção de seus criadores, que planejam usá-la como uma “prova de conceito”, ou seja, um modelo prático que possa provar um conceito estabelecido por uma pesquisa.

O que torna a câmera especial é seu sensor de imagem. Normalmente, esse componente registra a intensidade da luz que bate na lente da máquia usando milhões de fotodiodos, semicondutores que convertem a luz em corrente elétrica. Essa corrente, por sua vez, é codificada em forma de informações binárias, criando a foto digitalizada.

Na câmera da universidade de Columbia, os fotodiodos alternam constantemente entre o modo de converter luz em informação e de geração de energia, no qual a corrente elétrica carrega a bateria.

Com isso, se a câmera está em uma área com bastante claridade, ela pode tirar uma foto por segundo, indefinidamente, sem precisar ser carregada por uma fonte externa. Os cientistas que a criaram afirmam que essa é a primeira câmera que é inteiramente autoalimentada.

A ideia dos pesquisadores é usar a tecnologia para, no futuro, equipar a chamada “Internet das Coisas”, a rede de aparelhos conectados como fechaduras, eletrodomésticos e lâmpadas.

Fonte: Universidade de Columbia

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