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Publicado em: 11/06/2012 às 20:29

Norovírus é identificado por pesquisador da UFBA com apoio da FAPESB

Por: Ascom/Fapesb

Em épocas de mudança de estação, é comum que aumentem os casos de virose no país. Atualmente, a Bahia está sofrendo um surto de virose causada pelo norovírus, um vírus identificado pelo pesquisador Gúbio Soares Campos, no Laboratório de Virologia do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA, através de um projeto apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). Os sintomas do norovírus são vômito, diarreia, febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor no estômago e duram de um a três dias.

Há um ano, Campos vem realizando pesquisas sobre a distribuição sazonal e a caracterização molecular do norovírus em pacientes hospitalizados com gastroenterite aguda em Salvador. Seu projeto foi aprovado pelo Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (PRONEM) da FAPESB. O Laboratório de Virologia da UFBA foi o primeiro da Bahia a identificar o causador da virose.

A infecção por norovírus ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados ou através do contato entre pessoas infectadas. Pode ocorrer, também pela ingestão de ostras e moluscos crus ou insuficientemente cozidos em vapor. De todas as amostras de sangue analisadas por Campos, colhidas pelas unidades de saúde entre o fim de maio e o início de junho deste ano, 80% apresentavam contaminação por norovírus. Segundo o pesquisador, os sintomas se confundem com infecção estomacal e, por isso, muitos pacientes são aconselhados a tomar antibióticos, o que não combate o norovírus: “O antibiótico é para bactérias e não para vírus, portanto não irá tratar a doença”, explica Campos. Segundo ele, o paciente deve se hidratar, tomar medicação para evitar vômitos e ter acompanhamento médico. Atitudes simples como lavar as mãos, ou tapar a boca ao espirrar, podem evitar o contágio.

Em 2008, o pesquisador detectou pela primeira vez no Laboratório de Virologia a presença do vírus na Bahia, em um surto de gastroenterite aguda. Os resultados das pesquisas realizadas com apoio da FAPESB foram notificados às autoridades da vigilância sanitária municipal que passaram a alertar os profissionais de saúde e a população.

Fonte: ascom/fapesb

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