Teve início na manhã de hoje, 7 de março, a primeira reunião do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa – CONFAP de 2013, no hotel Othon em Salvador. O evento reúne autoridades e representantes das FAPs e das demais agências nacionais de fomento para discutir as políticas de CT&I e as perspectivas para este ano. A abertura do evento contou com uma apresentação musical do Grupo de Percussão da Universidade Federal da Bahia – UFBA.

O Confap surgiu em 2007 e congrega, hoje, 26 unidades da federação, com exceção de Roraima. De acordo com Mário Neto, a parceria com o MCTI, FINEP, CNPq e CAPES tem possibilitado ao Conselho realizar um trabalho importante para o desenvolvimento do país. “Temos trabalhado no investimento e no desenvolvimento de atividades que transformem o país em uma potência não apenas econômica, mas também científica, cultura e social”, disse.

Mário Neto explicou que, durante o Confap, serão traçados os programas a serem realizados em conjunto entre as FAPs e as agências federais de fomento: “As Fundações de Amparo têm hoje uma capacidade de investimento muito importante, que superam 2 bilhões por ano. É um recurso muito expressivo que associado às nossas agencias federais, aos parceiros internacionais e às empresas, contribuem para transformar a CT&I em um pilar fundamental para o nosso desenvolvimento”.

O diretor da Fapesb, Roberto Paulo, salientou a expansão da Ciência e Tecnologia no estado da Bahia ao longo dos últimos anos: “Nossos esforços estão concentrados principalmente em promovermos a desconcentração espacial da nossa base científica para melhorarmos a distribuição espacial das ações de ciência e tecnologia”.

Segundo o diretor, as universidades estaduais distribuídas pelo estado contribuem muito para tornar estas ações possíveis, bem como a criação dos campi da UFBA em Vitória da Conquista e em Barreiras, da Universidade do Recôncavo da Bahia e da Universidade do Vale do São Francisco. “Este nosso esforço vai se somar agora à implantação de duas novas universidades, a Universidade Federal do Sul e a Universidade Federal do Oeste”, afirmou Roberto Paulo.

Embora a Bahia tenha avançado muito na produção científica, há ainda um grande desafio que consiste em incorporar a inovação à sua estrutura produtiva. Quanto a isso, Roberto Paulo afirmou que a Fapesb vem buscando estreitar sua relação com as empresas, tentando mudar os padrões de comportamento do empresariado baiano, tornando-os mais abertos à inovação.

Durante a abertura do Confap, a Fapesb lançou 14 novos editais, no valor total de R$ 51,6 milhões. Os editais são voltados para infraestrutura, formação, produção científica e estímulo à inovação. Roberto Paulo destacou alguns editais como Apoio a Projetos de Pesquisa para as Doenças do Cacau, no valor de R$ 3 milhões; Apoio a Projetos de Pesquisa em Doenças Negligenciadas, no valor de R$ 4 milhões; Apoio a Pesquisas Inovadoras em Segurança Pública, no valor de R$ 1 milhão; Apoio à Inovação Aberta, no valor de R$ 5 milhões e o Edital de Bolsas de Iniciação à Docência, no valor de R$ 3,5 milhões.

Além destes, também foram lançados os editais de Apoio a Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu (R$ 6 milhões); Apoio a Projetos Estratégicos para o Estado da Bahia (R$ 5,4 milhões); Popularização das Ciências – Educação Científica (R$ 700 mil); Apoio à Cooperação entre Empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas – ICTs (R$ 4 milhões); Apoio à Infraestrutura de Pesquisa (R$ 8 milhões); Apoio à Formação e Articulação de Redes de Pesquisa (R$ 5 milhões); Fapesb Ação Referência (R$ 1 milhão); Sistemas Locais de Inovação (R$ 2 milhões); e Programa Jovem Cientista Baiano (R$ 3 milhões).

O secretário Paulo Câmera, que no evento representou o governador Jacques Wagner, falou da importância do Parque Tecnológico e outras ações da SECTI para um salto da CT&I na Bahia. O representante do CNPq, Manoel Barral, destacou a parceria desta agência com o CONFAP. “O papel das FAPs tem crescido claramente e tem sido bastante reconhecido. Nós, como agência federal, nos sentimos orgulhosos por ter participado desta caminhada.” Rodrigo Rodrigues, representando a FINEP, falou sobre os esforços conjuntos do MCTI e da FINEP na descentralização das ações de CT&I: “Nosso trabalho é uma ação corporativa com os estados, e as FAPs são agentes fundamentais, parceiros centrais neste trabalho”.

Márcio de Castro, representante da Capes disse que a parceria com as Fundações de Amparo é de muito sucesso: “Nunca estivemos tão ativos como hoje. Temos no momento aportes em andamento que somados representam cerca de 500 milhões de reais.”

Além destes, fizeram parte da mesa de abertura o coordenador geral de indicadores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Renato Viotti; o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, Paulo Câmera, o Secretário de Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli e o Secretário de Cultura do Estado da Bahia, Antônio Albino Rubim. O CONFAP prosseguirá até amanhã, 8 de março, quando, além da reunião do grupo de trabalho do CNPq, haverá a eleição do novo presidente do CONFAP.

Fonte: Ascom/Fapesb – Lorena Bertino