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Publicado em: 14/04/2014 às 17:42

Pesquisa apoiada pela Fapesb é publicada em renomada revista científica do Reino Unido

Por: Ascom/Fapesb

Um grupo de pesquisa do Laboratório de Bioquímica e Química de Microrganismos (LBQM), no Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA), juntamente com pesquisadores do Instituto de Física da UFBA e do Departamento de Ciências Exatas e da Terra da UNEB (Campus Salvador), desenvolveu, com o apoio da Fapesb, um projeto de criação de microtubos metálicos que imitam a forma de microrganismos. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista eletrônica Biomaterials Science, editada pela prestigiosa Royal Society of Chemistry, a maior agência não governamental de suporte para educação em química do Reino Unido.
Os pesquisadores utilizam o conceito de biomimética e biomimetismo, que consiste em usar estruturas produzidas pela natureza, de forma a imitar suas propriedades ou formas. Fungos filamentosos são cultivados em soluções contendo nanopartículas de ouro que, por sua vez, são assimiladas na parede celular do microrganismo. No fim, são produzidas as chamadas “células ciborgues”, termo científico novo que significa: células modificadas com nanomateriais que podem desempenhar funções completamente diferentes de sua especialização original.
O professor dr. Marcos Malta, coordenador do projeto, explica: “Utilizamos esses fungos ‘ciborgues’ como molde para produção de microtubos de ouro através de um simples tratamento térmico. O mais interessante nesse trabalho é que os microtubos produzidos retém a forma morfológica das células originais”. Segundo dr. Malta, esses microtubos metálicos podem ter importantes aplicações no futuro na área de eletroquímica, eletroanalítica e desenvolvimento de sensores.
Malta lembra que o projeto é financiado exclusivamente pela Fapesb, através do Edital Pronem: Programa de apoio a Grupos Emergentes e do Edital Pronex: Programa de Apoio a Núcleos de Excelência. Além disso, todo o trabalho foi desenvolvido na Bahia, com pesquisadores de instituições baianas. “Sem dúvida, esse trabalho demonstra que podemos fazer ciência de qualidade e impacto aqui na Bahia. A área de biomateriais ainda é incipiente no Brasil e estamos trabalhando para tornar Salvador um centro de pesquisa de alta qualidade nessa área”, diz dr. Malta.
O artigo, publicado como “communication” na revista eletrônica Biomaterials Science, pode ser acessado livremente através da página da revista ou diretamente neste link.
Por: Lorena Bertino – Ascom Fapesb
Foto: Microtubos de ouro obtidos do fungo Aspergillus niger

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