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Publicado em: 04/11/2016 às 14:12

Projeto desenvolve novas alternativas para a produção de abacaxi no semiárido baiano

Por: Ascom/Fapesb

Rico em vitaminas, protagonista de doces e sobremesas, o abacaxi pode ser encontrado facilmente na mesa dos baianos. Dados recentes apresentam a Bahia como 4º maior produtor da fruta no país. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia, através do Edital de Apoio a Soluções Inovadoras para a Fruticultura no Estado da Bahia, contemplou o projeto ‘Novas alternativas para a produção de abacaxi no semiárido baiano’, realizado nos municípios de Cruz das Almas e Itaberaba.

O projeto avalia novos genótipos de abacaxizeiro na condição do semiárido baiano, com a pretensão de difundir “tipos” de abacaxis resistentes à fusariose, testando quatro sistemas de produção: tradicional (sequeiro); somente irrigado; somente com mulching plástico; e irrigado + mulching plástico. “Entre os genótipos avaliados estão uma cultivar já lançada, dois híbridos ainda não lançados e uma variedade coletada na Natureza. Todos resistentes à fusariose, principal limitação à produção de abacaxi no Brasil”, afirmou o pesquisador para Melhoramento Genético e Fitopatologia do Abacaxizeiro da Embrapa, Davi Junghans.

A coordenadora de Apoio a Tecnologias Sociais e Ambientais da Diretoria de Inovação da Fapesb, Talita Assis esclarece como funcionam o acompanhamento e suporte dado pela Fundação. “Realizamos visitas técnicas para verificar in loco como os projetos são executados e quais resultados foram alcançados até o momento da visita. É uma oportunidade também para tirar dúvidas dos pesquisadores e orientá-los quanto à execução financeira e técnica dos projetos. O projeto tem parceria com a Cooperativa Agroindustrial de Itaberaba – COOPAITA, que é indispensável, pois o fato de o experimento estar sendo executado na propriedade de um dos cooperados possibilita o acompanhamento e a validação do projeto por parte dos produtores”.

Para os abacaxicultores da região, o projeto trará uma série de benefícios, com aquisição de mudas mais sadias, diminuição no custo de produção, menor impacto ao meio ambiente e uma produção livre da aplicação de fungicidas para fusariose, principal doença que ataca a planta. “Temos observado também que dois dos demais genótipos (um híbrido e uma cultivar) tem apresentado desempenho satisfatório apenas nos ensaios irrigados”, disse Junghans.

O pesquisador destaca também que o apoio da Fapesb foi fundamental para aquisição de bens e serviços, dando aplicabilidade ao projeto. “Sem dúvida, fornecer as condições para que os ensaios agronômicos pudessem ser instalados e mantidos em Itaberaba, maior produtor de abacaxi no estado da Bahia. Ademais, deve-se citar o auxílio da FAPESB na concessão de bolsas de Apoio Técnico e de Iniciação Científica, vinculadas ao projeto, utilizadas nos trabalhos relacionados à produção de mudas e na avaliação dos ensaios montados em Itaberaba”, finalizou Junghans.

O projeto conta com a parceria da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Coopaita, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia(UFRB) e a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (BahiaTer).

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