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Publicado em: 18/04/2012 às 20:25

Salvador recebe 5º Congresso de Biodiesel e 8º Congresso de Plantas Oleaginosas

Por: Ascom/Fapesb

Teve início na tarde da segunda-feira, 16/04, o 5º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, realizado simultaneamente ao 8º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel. O evento, que acontecerá até o dia 19/04 é o principal evento técnico e científico da área de biodiesel e referência para as áreas de produção de plantas oleaginosas, óleos, gorduras e biodiesel. O tema central este ano é “Biodiesel, Inovação e Desenvolvimento Regional”.

Segundo o Presidente do evento, Prof. Pedro Castro Neto, o Estado da Bahia foi escolhido para sediá-lo este ano por sua importância para a cadeia produtiva do biodiesel, uma vez que envolve desde a produção agrícola até a produção e uso do biodiesel. Este ano, foram lançados nos congressos três livros com 882 artigos científicos, desenvolvidos por 700 instituições de pesquisa e ensino e mais de 2000 pesquisadores. “Esses congressos são um meio de integração de vários pesquisadores, desde a iniciação científica até o pós-doutorado, tornando-se uma alavanca para que ocorra inovação na área de biodiesel que é um combustível de uso recente na matriz de combustíveis do país”, disse Castro Neto.

Durante a solenidade de abertura, a professora Ana Lúcia Gabas apresentou seu livro Reologia na Indústria de Biocombustíveis, com o qual presenteou o Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp e o Governador Jaques Wagner. O livro foi distribuído gratuitamente durante o evento. Na ocasião, foi feita ainda uma homenagem especial a Expedito de Sá Parente (in memorian), grande divulgador do biodiesel no Brasil e detentor da primeira patente brasileira de biodiesel. O Ministro Raupp entregou uma placa a Expedito Parente Júnior, filho do homenageado.

Segundo Raupp, as pesquisas cientificas e tecnológicas para viabilização de um programa de biosidesel estão contribuindo e afetando diretamente a questão social e ambiental do país. “Estamos investindo em um combustível renovável, portanto de grande impacto na questão da emissão de carbono no país”, disse. “Nós temos recursos tecnológicos inclusive para implementar com muito mais força o desenvolvimento de novas tecnologias para a ampliação de outros produtos e insumos, como mamona e babaçu, que podem ter impacto muito maior na produção da agricultura familiar com o uso da energia do biodiesel em nosso país”, completou.

O governador Jaques Wagner enfatizou o orgulho de recepcionar pela primeira vez os congressos no Nordeste. “A Bahia é a maior produtora de mamona do país, a segunda maior de algodão, a quinta maior de amendoim e a sexta maior de soja, portanto nós temos um leque muito largo das plantas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel”, disse. O governador falou ainda sobre a situação de seca que acomete o sertão da Bahia e das consequências que a estiagem está trazendo para a região: “Praticamente 60% do nosso território está no semiárido. É a maior parte do semiárido brasileiro. Um dos maiores motivos por estarmos aqui nesse congresso é porque a Bahia tem 650 mil famílias vivendo da agricultura familiar, significa que 3 milhões e meio de baianos sobrevivem desta produção, baianos estes que estão sofrendo porque já perderam a safra do milho, do feijão em função da seca”.

Jaques Wagner cumprimentou o Diretor Geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), Roberto Paulo Lopes e citou alguns projetos importantes que vêm sendo apoiados pela Fundação: “Temos tido surpresas superagradáveis. Inclusive várias pesquisas já estão à disposição. Podemos citar nesse sentido um scanner para deficientes visuais para leitura de livros e o desenvolvimento de um mecanismo para que aqueles que detêm Mal de Parkinson possam realizar tarefas simples e caseiras”. Ambos os projetos estão inseridos na publicação “Projetos Inovadores” lançado neste mês pela FAPESB.

O evento, que termina amanhã, está construído de forma a apresentar as principais tecnologias das diferentes áreas da cadeia produtiva e, para tanto, estão sendo realizadas palestras, mesas redondas, reuniões técnicas, simpósios e seminários.

Fonte: ascom/fapesb

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