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Publicado em: 07/12/2012 às 00:20

Secretário Executivo do MCTI destaca contribuição da inovação para desenvolvimento

Por: Ascom/Fapesb

Ao abrir, nesta quarta-feira (5), o 4º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciências 2013, o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, destacou o papel da inovação na superação dos efeitos locais da crise econômica mundial de 2008. O evento em Salvador termina nesta sexta-feira (7).
“A inovação é um motor de competitividade, do aumento de salários, do emprego e do crescimento econômico em longo prazo. Por isso, entendo que ciência e tecnologia precisam caminhar juntas, pois, sem conhecimento, o Brasil não teria dado o salto necessário”, assinalou, na palestra sobre “Energia e sustentabilidade: o papel das políticas de CT&I”,.

O secretário lembrou que, nos últimos anos, a política de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) apoiou fortemente a formação de recursos humanos e a pesquisa básica e aplicada, além de projetos inovadores em áreas estratégicas. “A variedade de mecanismos de incentivo à inovação para as empresas foi ampliada, assim como aqueles voltados à capacitação de recursos humanos, com foco em engenharias e setores estratégicos, com o objetivo de reforçar a contratação de pesquisadores pelas empresas”, afirmou.

Sobre o resgate da dívida social do país, Elias comentou a mudança no padrão de desenvolvimento. “Nos últimos anos, observamos a redução da pobreza, aliada à maior distribuição da renda e à elevação do poder aquisitivo do brasileiro, fatores que contribuíram para a entrada de 40 milhões de pessoas no mercado de consumo”, afirmou. Para ele, o governo deve aproveitar o momento de aumento do poder aquisitivo da população para incentivar as empresas a investir mais em tecnologia. “Desta forma, a política de CT&I dá ênfase ao desenvolvimento regional e à diminuição das desigualdades.”

Outro fator positivo, segundo ele, seria o fato de a dívida pública bruta brasileira ser muito inferior à de países mais desenvolvidos. “Para aproveitar as oportunidades oferecidas hoje pelo cenário internacional é fundamental que os itens exportados pelo país tenham maior valor agregado. Mas, para que isso ocorra, é necessário que o setor produtivo invista mais em tecnologia da informação e comunicação”, condicionou.

Evolução

Também na abertura do evento, a presidenta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, falou sobre o tema “A evolução das políticas públicas das ciências, tecnologia e inovação”. Para ela, o Brasil tem buscado, ao longo dos anos, a excelência nesses segmentos, e está no caminho certo.

Helena falou, ainda, sobre os marcos da institucionalização da ciência no país, ao longo da história. “Podemos destacar a criação da Academia Brasileira de Ciências [ABC] em 1916; dos ministérios da Educação e da Saúde, em 1930; do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico [CNPq] e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior [Capes] em 1951; da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulos [Fapesp], em 1962; da Agência Brasileira da Inovação [Finep], em 1967; do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação [MCTI], em 1985; e do Centro de Conhecimento e Trabalho [CCT], em 1996”.

Segundo o presidente do Fórum Nacional de Ciências, Jailson Bittencourt, o quarto encontro preparatório tem a missão de organizar a contribuição brasileira para o Fórum Mundial de Ciência. “A Bahia vai conseguir agregar conhecimento para o evento, pois tem sua temática focada em energia e sustentabilidade, que é um dos grandes desafios da humanidade neste século”, disse.

O evento tem por objetivo promover uma ampla discussão nacional sobre o tema central do Fórum Mundial de Ciência 2013, “Ciência para o desenvolvimento global”. São Paulo (29 a 31 de agosto), Belo Horizonte (29 a 30 de outubro) e Manaus (28 a 30 de novembro) sediaram os três primeiros encontros preparatórios. Saiba mais sobre o fórum e o processo.

Também estiveram presentes na abertura oficial o representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/Mapa), Elíbio Rech; a reitora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Dora Leal Rosa; o diretor-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Roberto Paulo Lopes; e o presidente da Academia de Ciências da Bahia (ACB), Roberto Santos.

Debates

O encontro tem continuidade nesta quinta-feira (6) e segue até sexta-feira (7). Hoje, a primeira mesa-redonda foi presidida pelo professor titular da Ufba Milton Porsani, que apresentou o tema “Desafios do setor de petróleo e gás”. À tarde (14h), Dora Leal Rosa coordena a segunda mesa-redonda, sobre os “Desafios da bioenergia”.

Na sexta, Roberto Santos coordena, às 8h30, a terceira mesa-redonda sobre “Fontes alternativas de energia”. A quarta e última rodada de debates colocará em pauta o tema “Desafios e perspectivas em energia e sustentabilidade”, que será apresentado, às 13h30, por Roberto Paulo Lopes.

Fonte: Aline Rodrigues – Ascom/MCTI

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