Seminário Marco Zero abre as atividades de pesquisa do PPSUS-BA

 
Coordenadores de 56 projetos participaram da abertura oficial do Seminário Marco Zero | PPSUS-BA

Entre os dias 25 e 27 de julho, a Escola de Saúde Pública da Bahia – Professor Jorge Novis (ESPB) recebe pesquisadores contemplados no edital do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS-BA). Coordenadores dos 56 projetos participam do Seminário Marco Zero, onde apresentam suas propostas de pesquisa, trocam informações e recebem direcionamentos para obter os resultados esperados ao longo das investigações científicas.

A mesa de abertura aconteceu na manhã do dia 25, quarta-feira, no auditório da ESPB, e contou com a participação de Lázaro Cunha, diretor-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB); Marge Tenório, responsável pela coordenação nacional do PPSUS no Ministério da Saúde; Suzana Oliveira, coordenadora técnica do PPSUS no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ); e Luiz Henrique Gonçalves D’Utra, representante da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB).

Edlaudo Assis, responsável pelo Controle Interno da FAPESB, detalhou procedimentos de relevância no momento das prestações de contas parcial e final. “Os coordenadores devem ficar atentos à gestão financeira dos projetos. O acompanhamento dos gastos de recursos também é significativo para o fortalecimento do Programa no âmbito do setor público”, finalizou.

Banca de pesquisadores propõe rumos e questões aos projetos contemplados no PPSUS-BA

Trocas e direções

No segundo momento, os coordenadores dividiram-se em dois grupos, a partir de eixos temáticos, para apresentar o principal mote dos projetos, destacando inovações e descobertas pretendidas ao longo das pesquisas científicas. A primeira tarde de painéis abordou duas grandes áreas: 1º) leishmaniose e doença de Chagas; 2º) zika, chikungunya e dengue. Uma banca composta por doutores especialistas no campo da saúde pedia detalhes sobre os projetos, colocando dúvidas nas dinâmicas de pesquisa, sugerindo rumos ou indicando pontos problemáticos.

Marge Tenório, coordenadora nacional do PPSUS, afirma que o programa é conduzido a partir de uma gestão compartilhada. Nascido em 2002, ele se fortaleceu dois anos depois, quando fez parcerias com praticamente todos os estados brasileiros. “Trata-se de um programa espalhado por todo o país e tem potencializado, em grande número, a pesquisa em saúde. Os resultados do PPSUS são muito exitosos”, comenta.

A gestora esclarece que o significado do programa vai além do fomento a linhas de pesquisa nas universidades e formação de pós-graduandos. “O mais significativo é a relação com a sociedade. Nosso compromisso é devolver soluções que deem conta dos problemas de saúde local”. Marge ainda contou que dentre os estados que participam do programa, dez deles recebem recursos para pesquisa em saúde apenas do PPSUS. “Tal cenário mostra que esse investimento faz uma boa diferença no fluxo de recursos destinados à ciência e tecnologia, que são cada vez mais escassos. Trabalhamos muito para colocar essas questões em voga”.

De acordo com Suzana Oliveira, representante do CNPQ, um dos diferenciais do PPSUS é justamente a descentralização do fomento à pesquisa, já que cada estado seleciona os projetos de acordo com as próprias necessidades da área de saúde. “Os estados têm autonomia para definir os temas prioritários. As propostas passam por seleção de mérito, relevância sócio-sanitária. Tudo visa a adaptação dos resultados às demandas de uma região especifica”, explica.

A iniciativa do PPSUS-BA é uma parceria da FAPESB (SECTI), Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Ministério da Saúde (Decit/SCTIE) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

São aprovados 56 projetos para pesquisar melhorias e soluções para o SUS-BA

Voltados para atendimento de prioridades do Sistema Único de Saúde, 56 projetos de pesquisa baianos foram aprovados no edital do Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS). A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) é uma das quatro instituições responsáveis por avaliar e acompanhar as propostas que receberão mais de seis milhões de reais, num total de investimentos. A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Ministério da Saúde (Decit/SCTIE) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O edital PPSUS é pensado para apoiar e fortalecer o desenvolvimento de pesquisas em áreas prioritárias de saúde, respondendo às demandas de cada Unidade Federativa (UF). A ação aproxima sistemas estaduais de saúde das descobertas na comunidade científica, proporcionando articulação entre os atores locais e a Política Nacional de Saúde. Lázaro Cunha, diretor geral da FAPESB, afirma que a reunião de instituições relevantes é um ganho para entrelaçar comunidade científica e soluções de problemas em saúde. “Quando a inovação tecnológica atende questões de entrave na sociedade, a razão de ser da ciência toma ainda mais corpo para a comunidade”, completa.

Todas as 124 propostas enquadradas seguiram para dois momentos de avaliação, com pareceristas de dentro e fora da Bahia. Cada projeto foi submetido à análise de quatro consultores, que deram notas de mérito técnico-científico e socioeconômico. Após ranking de classificação a partir da média geral, 70 projetos entraram na lista, com contratação dos 56 primeiros colocados. Todos serão supervisionados através de Seminários de Avaliação e Acompanhamento.

PPSUS-BA

Criado para descentralizar o fomento às pesquisas em saúde, o PPSUS contribui para o fortalecimento do esforço nacional em ciência, tecnologia e inovação (CT&IS) no contexto do Sistema Único de Saúde. Neste edital, o PPSUS-BA financia propostas num montante de R$ 6.464.415,54 (seis milhões quatrocentos e sessenta e quatro mil, quatrocentos e quinze reais e cinquenta e quatro centavos).

O intuito do PPSUS-BA é fomentar projetos de pesquisa que consigam, a curto e médio prazo, apresentar caminhos para os programas de saúde pública do estado da Bahia. A parceria entre entes públicos é significativa para o avanço do programa, já que a responsabilidade pela administração dos recursos não é apenas do Governo Federal. Os estados recebem as verbas para analisar as prioridades e direcionar investimentos.