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Publicado em: 20/11/2019 às 14:54

Bahia Faz Ciência inspira professora a criar projeto com alunos de escola pública

Por: Ascom/Fapesb

Projeto visa despertar interesse nos alunos pela área da ciência

O que surgiu como uma ideia de levar a produção científica para o conhecimento popular, hoje, tomou proporções maiores e serve de inspiração para atividades de iniciação científica entre estudantes da Escola Estadual Eloyna Barradas, localizada em Eunápolis, extremo Sul da Bahia. Através de uma iniciativa da professora de história, Érica Nunes, os alunos aprofundam, durante as aulas, o conhecimento nos diversos projetos divulgados na série de reportagens produzida pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

A professora, que entrou em contato com a equipe do Bahia Faz Ciência (BFC) através das redes sociais, para comunicar a atividade que vinha realizando, contou que a ideia de trabalhar a metodologia com os alunos surgiu de uma situação adversa. “Nos últimos meses fomos presenteados com uma reforma em nossa estrutura física. Mas, enquanto a reforma não ficava pronta, precisávamos improvisar. E a partir daí surgiu a ideia de utilizar as matérias divulgadas pelo Bahia Faz Ciência na aula de iniciação científica”, explicou.

Érica afirma que o conhecimento pelo BFC surgiu após ver uma publicação nas redes sociais. “Em uma das postagens, vi a matéria sobre o uso do abacaxi para a produção de um curativo. Sou de Itaberaba e esse fruto é a base da produção agrícola da minha cidade. Mesmo morando tão longe, a matéria despertou o desejo de incluir o material no meu programa curricular de Iniciação Científica”, disse.

Desde então, surgiu um novo projeto dentro daquela escola, intitulado Caçadores de Cientistas, do qual os alunos, divididos em equipes, precisam pesquisar cientistas desconhecidos da grande mídia ou que não apareçam nos livros didáticos. “A ideia era que cada equipe apresentasse uma pequena biografia, além de um trabalho que tivesse ligação com nosso cotidiano. Agora, os cientistas do Bahia Faz Ciência serão pesquisados pelos estudantes para a produção de uma revista eletrônica com foco em assuntos científicos”, contou. Atualmente, a turma está na fase de análise das matérias, roda de conversa sobre objetivo de cada pesquisa, discussão sobre a importância dos testes e patenteamento, além de como cada pesquisa se relaciona com conteúdos abordados em outras disciplinas.

Além de Iniciação Científica, com a professora Érica Nunes, formada em história pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), a iniciativa contou com a contribuição da disciplina de biologia, com a professora Regina Souza, formada pela Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc).

Para Érica, é importante despertar o interesse pela ciência desde cedo. Segundo ela, trazer para a sala de aula as experiências científicas desenvolvidas na Bahia por diferentes pessoas e em realidades tão distintas, podem contribuir para despertar os jovens para o ato de fazer ciência. “Nossa escola é carente, localizada em um bairro periférico. Meus alunos enfrentam inúmeras dificuldades em uma escola de tempo integral. Precisamos que eles se enxerguem como sujeitos de transformação social, e a ciência – independente de qual área – tem esse poder”, ressaltou.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam, no dia 8 de julho, o Bahia Faz Ciência, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e postadas no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br

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