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Publicado em: 07/04/2016 às 11:37

Ministro defende diálogo com setor empresarial para impulsionar inovação brasileira

Por: Ascom/Fapesb

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera afirmou, nesta quarta-feira (6), que é preciso ampliar o diálogo com a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), para impulsionar os investimentos privados em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) para o desenvolvimento do país.

A avaliação foi feita após apresentação dos resultados do estudo “O Sistema de Inovação Brasileiro: Propostas de políticas orientadas por missões” – The Brazilian Innovation System: A Mission-Oriented Policy Proposal, no original em inglês –, conduzido pela economista e PhD ítalo-americana Mariana Mazzucato, em co-autoria com o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Caetano Pena.

“Temos que levar esse relatório para a MEI para ver se conseguimos subir um pouco os investimentos do setor privado em pesquisa e desenvolvimento [P&D] no Brasil. Temos que ampliar esse diálogo”, avaliou Celso Pansera. Ele acrescentou que o estudo irá contribuir também na construção da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti). “É importante identificar as políticas. A partir da Encti, vamos ver como iremos articular as conclusões deste estudo”, disse.

Encomendado pelo MCTI, por meio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCTI), em parceria com a Universidade de Sussex (Reino Unido), em maio do ano passado, o estudo tem por objetivo estabelecer uma agenda positiva de longo prazo para recuperar o ritmo de crescimento e promover o desenvolvimento por meio da transformação do sistema nacional de inovação.

Para atingir essa meta, Mariana Mazzucato propõe a adoção de “políticas orientadas por missões”. Esse conceito é abordado no documento como políticas públicas sistêmicas, que se baseiam em conhecimento de fronteira para atingir metas específicas de longo prazo capazes de responder aos desafios sociais.

“Para competir em inovação, é preciso paciência para investimentos a longo prazo. É urgente pensar horizontalmente a política de inovação como um todo. Ou seja, é crucial que os ministérios do Planejamento e da Ciência, Tecnologia e Inovação trabalhem conjuntamente. Não pode ser finanças de um lado e inovação de outro. A inovação tem que estar no centro do desenvolvimento econômico”, afirmou a especialista.

Inovação + inclusão
A publicação avalia iniciativas de incentivo à inovação implementadas pelo governo federal recentemente. Mariana Mazzucato ressaltou a importância de programas como o Inova Empresa, apontado como um exemplo positivo de política orientada por missões, ao ser lançado com forte articulação entre ministérios, agências e demais instituições com o objetivo de impulsionar a economia e elevar a produtividade e a inclusão social.”O Brasil é um dos poucos países do mundo que investe em políticas de inovação e crescimento inclusivo”, observou a economista.

De acordo com o estudo, o Brasil possui todos os elementos de um sistema de inovação desenvolvido, com instituições chave em todos os seus subsistemas: de educação e pesquisa, de produção e inovação, de financiamento público e privado, e de política e regulação. “O sistema de inovação brasileiro é bem estruturado. Nos últimos anos, as pesquisas científicas evoluíram muito. Hoje, o Brasil tem excelência produtiva, por exemplo, na área de petróleo e gás”, acrescentou Caetano Penna.

Para o presidente do CGEE, Mariano Laplane, a iniciativa oferece sugestões e análises para o país traçar um caminho de crescimento econômico guiado pela inovação. “Traz ideias, sugestões úteis para ver de que maneira a inovação pode ser o fio condutor do desenvolvimento do país”, afirmou.

O estudo, publicado apenas em inglês, está disponível para download gratuito no portal do CGEE: https://www.cgee.org.br/the-brazilian-innovation-system Uma versão em português deverá ser disponibilizada nas próximas semanas.

Fonte: MCTI

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