Professor baiano estuda interfaces entre Educação, Saúde e Tecnologias
Por: Ascom/Fapesb
Estudos buscam entender as influências de ações de educação em saúde e do uso de tecnologias sobre diversos aspectos que abrangem do ambiente escolar ao controle de doenças
Entender as interfaces possíveis da educação e da saúde permeadas pelo uso das tecnologias. Este é o objetivo principal do professor Fernando Carvalho, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no trabalho que desenvolve junto ao Grupo de Pesquisa Educação, Saúde e Tecnologias (Edusaut) e ao Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologia Aplicadas à Educação (Gestec). Ao estudar como essas áreas se relacionam, a equipe espera contribuir no desenvolvimento de produtos que melhorem as condições de trabalho desses profissionais, além de auxiliar na criação de políticas públicas que promovam melhorias dessas áreas na Bahia e no Brasil. “Acreditamos que o olhar dos trabalhadores da saúde fica extremamente mais aguçado quando visualizamos e buscamos resolver situações-problema pelo prisma da educação”.
O professor destaca alguns dos projetos desenvolvidos pelo Edusaut, entre os quais “O papel de ações educativas na adesão farmacológica em idosos hipertensos; Aplicações de educação em saúde em pacientes diabéticos; Influência do consumo de alimentos ultraprocessados sobre o aprendizado de escolares; Uso de aplicativos para triagem auditiva escolar; Desenvolvimento de jogos voltados ao ensino de ciências biológicas em escolas do ensino fundamental e médio; e o Desenvolvimento de aplicativos para o combate à subnotificação de casos de arboviroses”. “Todos esses estudos fazem parte do objeto primordial do nosso Grupo”, disse Fernando, que coordena o grupo e orienta pós-graduandos em estudos que tem como eixo central a Educação em Saúde. De acordo com ele, as possíveis soluções às demandas que a execução deste trabalho pode produzir, possibilitará melhorias em saúde e educação, buscando ampliar o acesso da população a ambas, principalmente às pessoas que mais dependem dos serviços públicos.
Devido a quantidade de etapas que envolvem a execução do trabalho, algumas fases já foram concluídas. O pesquisador exemplifica que o projeto que estuda o impacto de ações educativas sobre a adesão farmacológica na hipertensão está no quinto ano, com alguns objetivos já cumpridos e outros em pleno andamento. “Trabalhamos com a ideia de que os pacientes atendidos dentro da proposta de trabalho devem permanecer acompanhados de forma contínua. Nossos dados apontam que conseguimos melhora na adesão terapêutica e, consequentemente, no controle da pressão arterial dos nossos pacientes, mas se não mantivermos as ações já implantadas, corremos o risco de perder o que já foi conquistado”.
Segundo Fernando, com o término de alguns trabalhos, já é possível prever diversos benefícios. “Entre eles, podemos destacar a melhor capacitação profissional em educação e em saúde, desenvolvimento de produtos inovadores para auxílio aos profissionais das duas áreas e melhorias no aprendizado de escolares ou voltadas aos melhores resultados terapêuticos dos pacientes”. Para o professor, essa diversidade de estudos revela a necessidade de mais investimentos voltados aos setores de Educação e Saúde, a partir de premissas fundamentais como a ampliação do fomento à pesquisa, a capacitação contínua de professores, melhoria das condições de trabalho dos profissionais de educação e saúde, ampliação da capacidade formativa através dos programas de Pós-Graduação e a difusão do conhecimento científico através de publicações em veículos de divulgação nacionais e internacionais, entre outros.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.