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Publicado em: 08/02/2021 às 00:00

Professora utiliza “erros” como ferramenta para ensinar língua espanhola

Por: Ascom/Fapesb

Método inusitado humaniza a aprendizagem e busca eliminar competições rotuladoras

Um método incomum para ensinar língua estrangeira foi desenvolvido para ser uma forma mais efetiva de fazer diversos estudantes aprenderem a falar espanhol. A diferença é que desta vez a aprendizagem funciona através dos erros. A professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Íris de Souza, que acaba de lançar um livro sobre a língua espanhola, afirma que trabalhar em cima dos erros cometidos pelos estudantes pode ser a melhor forma de fazê-los aprender. “O que é certo ensinar? Aquilo que é o contrário de errado? E o erro, o que é mesmo?”. São com esses questionamentos que a professora traça um novo caminho para que docentes e alunos possam utilizar de uma nova metodologia de aprendizagem.

De acordo com Íris, o livro teve origem na dissertação de mestrado que buscava analisar formas de ensinar um idioma. “O material está destinado a professores de línguas, alunos e para pessoas apaixonadas pelo espanhol. Com isso, ressaltamos uma metodologia de ensino-aprendizagem que foca em temas do cotidiano dos discentes. O que as pessoas costumam chamar de ‘erro’, dentro desta metodologia, é um elemento fundamental para a construção da aprendizagem, pois não aponta as falhas produzidas pelos aprendizes e nem faz paralelos com a língua em sua norma culta e gramática correta. O foco aqui é efetivar a aprendizagem de forma contínua, o ato de errar torna-se fundamental, visto que só erra quem tenta, e ao estimularmos que os alunos tentem sem medo do erro, conseguimos avançar no conhecimento, que é o objetivo principal de qualquer pessoa que se dispõe a aprender outro idioma”, declarou.

A autora do livro “Nadar contra correnteza: navegar com o erro promovendo-o de antagonista a protagonista nas aulas de língua espanhola como língua estrangeira” afirma que a inspiração para criar o projeto veio ao longo da carreira como professora. “Durante minha trajetória em sala de aula, pude observar que a intimidação e o medo de errar, cotidianamente, influenciava nos processos de aprendizagem. Ignorando a possibilidade de errar, conquistamos a confiança e estimulamos os alunos a irem ainda mais longe, pois só comete erros aqueles que se esforçam, quem se lança no processo de aprender sem temor e, assim, essa pessoa consegue avançar no conhecimento”, destacou.

Para Íris, este tipo de metodologia criada dentro da Universidade, que agora está em formato de livro, retorna para sociedade como benefício de um ensino que não rotula os discentes em números, como, por exemplo, notas de zero a dez. “Em vez disso, eles passam a ser reconhecidos pelo o que realmente são: aprendizes. Dessa forma, buscamos retirar da sala de aula a competição rotuladora e focar em um método que pode ser o caminho para solução de “deficiências” no ensino de Língua Estrangeira”, completou.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

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