Pesquisadores estudam aspectos da Covid-19 no Oeste da Bahia

Estudo regional pode auxiliar nos diagnósticos e na prevenção dos casos graves entre os moradores locais

“Realizar uma caracterização global da infecção por Sars-Cov-2 no Oeste da Bahia poderia auxiliar na identificação de marcadores inflamatórios, genéticos e fisiológicos da doença para otimizar as técnicas de diagnóstico e avaliação das respostas antiviral e humoral”. É desta forma que o pesquisador Jonilson Lima destaca a importância do estudo realizado no Laboratório de Agentes Infecciosos e Vetores da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) sobre os diversos fatores relacionados a Covid-19 naquela região. De acordo com Jonilson, o trabalho permitirá aperfeiçoar a técnica de identificação do vírus, identificar correlatos de gravidade ou de proteção dentre as diferentes classes de anticorpos e os marcadores imunológicos, fisiopatológicos e genéticos, além de avaliar a resposta inflamatória dos casos leves, moderados e graves da Covid-19.

“De forma prática, nosso trabalho vai avaliar a predisposição genética dos indivíduos relacionado a diversos sintomas, como, por exemplo, a perda de olfato e paladar. Queremos descobrir se a expressão de alguns genes está relacionada a essas condições específicas, além de estudar padrões que indiquem a possibilidade de um paciente desenvolver um caso grave”. Para o pesquisador, os resultados obtidos permitiriam uma avaliação mais precisa do quadro clínico dos pacientes, determinando no início da infecção aqueles com mais chance de apresentar maior gravidade. “Poderemos identificar precocemente indivíduos com predisposição a desenvolver o quadro grave da doença e, dessa forma, orientar possíveis tratamentos e a utilização de um determinado fármaco”.

Jonilson afirma que diante da pandemia e com a implantação do Laboratório de Diagnóstico Molecular da Ufob, o grupo de pesquisadores, que tem expertise em diferentes áreas como bioquímica, imunologia, genética e biologia molecular, decidiu associar o serviço de testagem ao estudo da patologia Covid-19 na região Oeste da Bahia. “Nós, enquanto pesquisadores desta região, sentimos esta necessidade, uma vez que a maioria dos estudos estão restritos às capitais”. Segundo ele, o entendimento da dinâmica local do vírus permite suprir uma carência regional de pesquisas deste tipo, ao mesmo tempo que produz conhecimento com relevância e alcance para todo o país.

Além disso, o trabalho, que possui apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) e já têm algumas etapas praticamente concluídas, possui um diferencial que é a pesquisa por marcadores biológicos que ainda não foram descritos como associados à gravidade da doença, a fim de correlacioná-los a outros marcadores já descritos. “Estamos criando um biobanco onde estão armazenadas amostras que permitirão a validação de outros marcadores inflamatórios, genéticos e sorológicas futuras. As amostras podem ser utilizadas para validar e desenvolver kits para diagnóstico através da quantificação de anticorpos ou ainda testes de biologia molecular”.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

Aplicativo auxilia policiais militares a otimizarem o tempo de registro de ocorrência

Ferramenta foi criada por alunos do IFBaiano de Guanambi e permite que os policiais efetuem desde registros de acidentes de trânsito até execução de ordens de policiamento

Prometendo agilidade no trabalho dos policiais baianos em campo, os alunos do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), localizado na cidade de Guanambi, sudoeste do estado, criaram um aplicativo de registro de ocorrências que simplifica o processo dos procedimentos policiais. A iniciativa partiu do policial militar Cabo Almeida, que já fazia registro das ocorrências em um formulário online. O ROP-E, como foi batizado, emite relatórios e cria uma mancha criminal das cidades atendidas pelo 17º Batalhão da Polícia Militar e duas companhias. As informações colhidas auxiliam a corporação no planejamento estratégico para tomada de decisões de medidas para atender a região atingida por determinado tipo de crime.

Apesar da iniciativa ter sido de um policial, os executores do projeto foram os alunos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IFBaiano. Djalma Mata, Gabriel Lobo e Hiago Couto foram os responsáveis pela criação desse aplicativo junto com a orientação dos professores Fábio Batista e Fábio Lima. “O aplicativo permite que o trabalho do policial em campo tenha mais agilidade e também ofereça níveis mais sólidos de manutenção dos registros policiais. Antes da incorporação do sistema, os policiais utilizavam blocos de formulários de papel para as ocorrências”, explicou Djalma.

O professor Fábio Lima afirmou que o aplicativo é uma ferramenta ainda inédita em território baiano. “Através dela, os policiais poderão inserir informações como dados dos envolvidos, fotos, documentos e o relato do ocorrido. Além disso, a ferramenta permite criar guarnições policiais, efetuar registros de acidentes de trânsito, executar ordens de policiamento e fornecer suporte ao posicionamento global por meio de GPS”, contou.

Segundo Fábio, uma das características mais importante desse aplicativo é que ele consegue ser operado sem a necessidade de conexão de internet, ou seja, permite que os policiais registrem as ocorrências em áreas rurais e centros urbanos nos quais o acesso a sinal seja inexistente ou fraco. “Com o ROP-E será possível economizar tempo, otimização pessoal, economia de papel e a possibilidade de um registro diário das ocorrências, além de reduzir os índices de violência”, concluiu o professor.

O projeto já foi registrado em setembro de 2020 no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e a entrega oficial do aplicativo aconteceu no início de 2021. A partir de agora, o grupo irá iniciar a etapa de suporte ao usuário e manutenção da solução, o que inclui a realização de correções e implementação de rotinas e backups.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

A Bahia sediará o XXV Encontro Nacional dos Estudantes de Relações Internacionais (ENERI BA 2020-2021)

O evento será realizado entre os dias 16 a 25 de abril de 2021 e receberá palestrantes renomados, tanto nacional quanto internacionalmente, que abordarão as “Relações Internacionais Contemporâneas: novos desafios e novas alternativas”.

Entre graduandos, graduados, professores, estudiosos e interessados nos temas das Relações Internacionais – oriundos de todas as regiões do país e do Brasil afora, os participantes contarão com uma programação muito especial com palestras, mentorias, apresentações de trabalhos, minicursos e mesas-redondas. As inscrições são gratuitas e poderão ser realizadas diretamente no site do ENERI BA 2020-2021 até o dia 18 de abril.

O ENERI é um evento acadêmico anual, promovido pela Federação Nacional dos Estudantes de Relações Internacionais (FENERI) e voltado para a comunidade estudantil de Relações Internacionais. Sua proposta é possibilitar a integração dos estudantes deste curso a nível nacional, mas hoje já é considerado como o maior Encontro de Estudantes de Relações Internacionais da América Latina.

É a primeira vez, em seus 25 anos de realização, que o ENERI será realizado de forma 100% gratuita e online. Esta edição está sendo construída por estudantes do curso de Relações Internacionais da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB/Campus dos Malês) e da Universidade Salvador (UNIFACS/Campus Tancredo Neves), ambas no estado da Bahia.

A proposta desta edição, que comemora também as bodas de prata do evento, busca fazer uma retrospectiva dos 100 anos de História das Relações Internacionais e contará com a ajuda de seis eixos temáticos. Além disso, trará análises na perspectiva dos tradicionais assuntos da área e com espaço às novas correntes, propostas e perspectivas que englobam a nossa realidade.

Segundo a Comissão Organizadora do ENERI BA 2020-2021, por razões das barreiras sanitárias provocadas pela pandemia do Covid-19, o evento que seria realizado presencialmente em abril/2020, foi adiado para abril/2021, mas devido ao acompanhamento da pandemia, a Comissão decidiu por manter a realização do evento na modalidade virtual. A programação também sofreu alteração: o ENERI BA 2020-2021 que aconteceria entre os dias 24 a 27 de abril de 2021, teve as suas datas alteradas para o período de 16 a 25 de abril de 2021.

Pesquisadores realizam primeiras autópsias em indivíduos que morreram de Covid-19 na Bahia

Objetivo do estudo é entender de que forma o vírus Sars-Cov-2 atinge o organismo do ser humano

Em busca de aprofundar os conhecimentos sobre os impactos da Covid-19 no corpo humano, um grupo de pesquisadores do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) estuda como a doença é capaz de afetar diferentes órgãos, analisando como o organismo lida com a infecção e os principais indicativos de agravamento dos casos. À frente do projeto, que possui apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), Washington dos-Santos afirma que a Fiocruz Bahia foi responsável pelos primeiros procedimentos de autópsia em indivíduos que vieram a óbito em decorrência da Covid-19, além de ressaltar a importância e as dificuldades de realizar o procedimento em pessoas que morrem pela doença.

“A autópsia que realizamos possui a alcunha de ‘minimamente invasiva’. É a forma mais viável que encontramos para seguir com o estudo, visto que o procedimento é seguro para a equipe que realiza, quando comparado às autópsias tradicionais, além de possuírem menos resistência por parte dos familiares da vítima em aceitarem disponibilizar o corpo, uma vez que ele não ficará com as marcas deixadas por uma autópsia comum”, ressalta Geraldo Oliveira (Fiocruz Bahia), líder da equipe de necropsias. De acordo com o pesquisador, este método vem sendo cada vez mais executado ao redor do mundo e chama atenção para a necessidade de dar continuidade a pesquisas científicas como esta. “Através desses procedimentos que somos capazes de reconhecer precocemente os riscos de uma doença e as medidas de prognóstico que podem reverter um quadro de risco”.

Geraldo chama atenção para o fato de que este estudo utiliza amostras dos locais exatos onde ocorrem as lesões que podem levar a óbito. “Ao analisarmos pulmão, fígado, rim, baço, coração, entre outros, estamos nos permitindo fazer uma avaliação mais direta das alterações. Até agora, já realizamos oito autópsias minimamente invasivas, sendo inclusive a primeira vez que o procedimento foi realizado aqui na Bahia”. As observações feitas ao longo dos procedimentos serão discutidas com o corpo clínico do Instituto Couto Maia (ICOM), em uma sessão aberta a profissionais de saúde e pesquisadores interessados pelo estudo da doença. “Algumas famílias, seja por motivo cultural, religioso ou afetivo, podem criar resistência na hora de autorizar a autópsia no corpo do falecido. Por isso, o procedimento minimamente invasivo pode ser a solução para realizar o estudo, sem agredir os limites impostos pelos entes queridos”.

A curto prazo, o trabalho poderá contribuir, em tempo real, com informações sobre as causas de morte dos pacientes durante o curso da pandemia. Segundo o pesquisador, as reuniões com o corpo clínico do ICOM serão mensais e servirão para apresentar os resultados encontrados, a fim de entender melhor a doença e os melhores tipos de tratamento. As próximas etapas, envolverão estudos moleculares das amostras coletadas dos órgãos lesados dos pacientes, para obter conhecimentos que ajudem a sociedade a se preparar para enfrentar, de maneira mais adequada, futuros eventos como a atual pandemia. “Por fim, estamos também formando equipes técnicas habilitadas para fazerem essas necropsias minimamente invasivas. No futuro, poderemos responder rapidamente ao surgimento de possíveis surtos e doenças letais em qualquer parte da Bahia”.

Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

Fapesb prorroga bolsas de mestrado e doutorado em virtude da pandemia do coronavírus

 

Em virtude do período de pandemia do coronavírus que atinge o Brasil há mais de um ano, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) junto com a Fundação de Amparo e Pesquisa da Bahia (Fapesb) irão prorrogar, por mais três meses, as bolsas de estudo científico dos alunos de mestrado e doutorado apoiados pela fundação que tiveram o andamento de suas pesquisas prejudicadas pela emergência de saúde. A decisão foi aprovada pelo Conselho da Fapesb, em reunião virtual e extraordinária, nesta sexta-feira (19), com a presença da secretária da Secti, Adélia Pinheiro, o diretor Geral da Fapesb, Marcio Costa e demais conselheiros.

De acordo com o diretor Geral da Fundação, Márcio Costa, a pandemia continua afetando o regular desenvolvimento das teses e dissertações dos alunos, por causa da dificuldade dos bolsistas não estarem em laboratórios ou em campo devido às recomendações das medidas de isolamento social defendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Dessa forma, todos os bolsistas que tiverem o trabalho afetado de alguma maneira pela pandemia em 2021 poderão ter suas bolsas prorrogadas, como feito ano passado. O diferencial nesse ano é que faremos um esforço ainda maior, ampliando o prazo de prorrogação para até 90 dias, permitindo assim que os bolsistas tenham mais tempo para a conclusão de seus cursos”, contou.

A secretária Adélia lembrou que é importante destacar que serão investidos cerca de R$ 2,4 milhões para a continuidade dessas pesquisas. Ela reiterou a necessidade de ser justo com os pesquisadores para que os mesmos consigam concluir seus projetos. “As bolsas prorrogadas serão aquelas que tinham a finalização prevista para qualquer dos meses de 2021 desde que as pesquisas tenham enfrentado dificuldade por conta da pandemia. É importante verificar os requisitos mínimos definidos da resolução, cabendo às instituições responsáveis pelo programa analisar cada caso”, afirmou.

Além da prorrogação das bolsas, a secretária destacou também, durante a reunião, que a decisão não afetará o cronograma de 2021 sobre a oferta de novas bolsas. “O cronograma de novas bolsas se mantém. Essa medida tem um impacto financeiro razoável, entretanto é de entendimento da Fapesb o quanto é importante apoiar os mestrandos e doutorandos que em razão da pandemia tiveram os seus trabalhos dificultados. Não podemos correr o risco de perder tudo que já foi investido nessas pessoas e pesquisas”, concluiu Adélia.

Fapesb abre edital milionário para micro e pequenas empresas investirem em projetos inovadores

Pensando nos micro e pequenos empresários, na potencialização da economia do estado e na ajuda à população baiana com soluções inovadoras, a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), lançou, nesta terça-feira (9), o edital Governo Inteligente. A ação faz parte do Programa de Apoio à Pesquisa na Micro e Pequena Empresa (PAPPE). O intuito é investir 10 milhões de reais em projetos inovadores que possam solucionar problemas reais da gestão pública.

O edital também é inovador, pois as propostas devem ser apresentadas a partir de desafios do dia a dia dos brasileiros. Para chegar a cada desafio apresentado no edital, a Fapesb indagou a diversas secretarias do governo e outras instâncias da esfera pública quais eram as suas maiores dificuldades perante o momento atual. Com base nestas demandas, os micro e pequenos empreendedores poderão criar soluções inovadoras, gerando projetos com tecnologias específicas.

Para Handerson Leite, diretor de inovação da Fapesb, o edital lançado, além de outros benefícios, injeta dinheiro na economia do estado. “Com esses projetos apresentados pelos empresários, faremos com que todos saiam ganhando: o governo, os empresários e principalmente a população. É uma maneira de ajudar a impulsionar a economia do Estado nesse momento de crise. Além disso, as propostas apresentadas poderão gerar emprego e renda para os baianos, pois os projetos admitem a possibilidade de contratação de profissionais com os recursos. E o melhor, os valores investidos não serão reembolsáveis”, contou.

A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Adélia Pinheiro, também vê essa oportunidade como um grande investimento econômico e tecnológico para o estado. “As propostas que serão aceitas pelo edital não só contribuirão com o desenvolvimento de produtos para o uso na governança pública, mas também impulsionarão a economia do estado após a pandemia”, afirmou.

Para se inscrever é preciso ser micro ou pequena empresa residente no estado da Bahia e estar em situação regular junto ao governo e ter um projeto de desenvolvimento de um processo, produto ou serviço, propondo a solução do desafio escolhido no edital. Os interessados já podem acessar os detalhes do Edital Governo Inteligente no site da Fapesb.

Estudantes de ensino médio na Bahia criam inseticida à base de folha da mandioca

Projeto busca minimizar danos ao meio ambiente causados por agrotóxicos

O estudante Iran de Oliveira, do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira, em Ilhéus, fez uma constatação curiosa enquanto observava diversas formigas cortando as plantas que eram cultivadas na horta de seu pai: elas ficavam longe das folhas de mandioca que permaneciam intactas. Foi a partir desta constatação que Iran decidiu investir seus esforços em pesquisas relacionadas ao fato e descobriu que a planta possui uma substância chamada ácido nítrico (HCN) que pode servir de repelente para diversos insetos. O garoto decidiu aplicar sua descoberta em uma solução a ser utilizada por agricultores para que possam proteger suas plantações sem poluir o meio ambiente.

De acordo com Iran, o objetivo de desenvolver este inseticida é torná-lo um produto mais barato e de fácil acesso, para que os agrotóxicos se tornem cada vez menos presentes no dia a dia dos agricultores. “Nosso grupo espera ajudar diversos trabalhadores a manter suas plantações, estimulando o empreendedorismo social como chave para a oportunidade de melhoria de vida. A forma que encontramos para alcançar esta meta é baseada no manejo sustentável de recursos naturais e na criatividade para fornecer produtos e serviços que possibilitem mais conforto na rotina dessas pessoas, além de atuar na preservação e reduzir os impactos dos agrotóxicos no meio ambiente”.

Para a orientadora do trabalho, a professora Margarete de Araújo, o crescimento das mudas e o aumento de temperaturas podem levar ao surgimento de muitos insetos, como, por exemplo, as formigas. “Esses animais são essenciais para o meio ambiente, mas por se tratar de insetos muito organizados e populares, eles aparecem nas hortas, em colônias, podendo se tornar uma praga e destruir a vegetação. Como alternativa para este problema, temos os inseticidas naturais. Produzido a partir de plantas, com o propósito de não permitir que as pragas criem resistência, esse tipo de inseticida é mais seguro para o meio ambiente e para a saúde da população. Na nossa receita, utilizamos somente folha da mandioca, etanol, água, óleo de soja e vinagre”.

Ainda segundo Margarete, todas as etapas propostas no plano de pesquisa foram realizadas e o processo de produção será refeito no laboratório da escola assim que as aulas, interrompidas pela pandemia de Covid-19, voltarem, pois com o resultado da análise de pH já foi possível verificar que o inseticida produzido se encontra dentro dos padrões de eficácia. “O produto agiu sobre as formigas e lagartas, eliminando-os sem danificar a planta”. Além disso, o projeto está entre os finalistas da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada na Universidade de São Paulo (USP), em uma grande mostra de projetos. O evento busca estimular novas vocações em ciências e engenharia através do desenvolvimento de projetos criativos e inovadores para aproximar as escolas públicas e privadas das universidades.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

ATENDIMENTO AO PÚBLICO DURANTE A PANDEMIA

Em atendimento ao Decreto No. 19.529, de 16/03/2020, que institui medidas temporárias para enfrentamento da situação de emergência decorrente da Covid-19 no Estado da Bahia, informamos que a FAPESB, neste período, privilegiará o atendimento ao público (bolsistas e pesquisadores) por meio de comunicação digital, sendo aceito o envio dos documentos por e-mail e sem autenticação, em caráter de excepcionalidade, para os endereços abaixo, conforme segue:

Todavia, os documentos originais e autenticados deverão ser entregues na Central de Atendimento ao Público – CAP da FAPESB no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após o fim da situação de emergência decorrente da pandemia da Covid-19 no Estado da Bahia.

Para atender a esta determinação, o documento abaixo deverá ser preenchido, assinado e encaminhado por e-mail juntamente com toda a documentação exigida para cadastramento no Sei Bahia.

Declaração

Fapesb divulga resultados do PPSUS que vai contemplar projetos na área de saúde

Programa tem parceria com o Ministério da Saúde, Sesab e CNPq, e vai destinar mais de R$ 5 milhões para os trabalhos aprovados em todas as regiões da Bahia

Em sua sétima edição, o Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS), vai contemplar 38 projetos de pesquisa, através da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Saúde (Sesab) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objetivo do Programa é apoiar pesquisadores, para que possam dar continuidade aos seus projetos, com foco na resolução dos problemas de saúde locais, a fim de reduzir as desigualdades regionais, na inovação e no desenvolvimento científico e tecnológico em saúde. A Bahia, que participou de todas as edições do Programa, está com o sexto edital em vigência, com previsão de término para janeiro de 2022, além disso, neste ano, serão ofertados R$ 5.250.000,00 para o financiamento de bolsas de mestrado e doutorado.

De acordo com o diretor de Inovação da Fapesb, Handerson Leitte, as linhas de pesquisa do Programa contemplam assuntos da atualidade e que são de extrema importância para a melhoria dos serviços de saúde ofertados pelo SUS. “Entre os temas das linhas de pesquisa, que foram discutidos na Oficina de Prioridades, realizada com pesquisadores a partir de propostas da Sesab, estão: Ações de vigilância, proteção, promoção e prevenção em saúde nos territórios e em todos os níveis de atenção; Atenção básica de forma integrada e resolutiva; Redes de atenção à saúde (RAS) de forma regionalizada, ampliando a equidade de acesso, garantindo a integralidade e a segurança do paciente; Política de gestão do trabalho e educação na saúde; Gestão estratégica do SUS/BA”. O Diretor ressaltou também que vários dos trabalhos aprovados estudam a Covid-19, o que representa o entendimento dos participantes quanto às demandas atuais do setor e que pode auxiliar o SUS no período pós-pandemia. Para ficar por dentro da lista completa dos projetos aprovados, é possível acessar o site da Fapesb.

A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Adélia Pinheiro, destaca que esta edição traz a reafirmação do investimento em pesquisa para o SUS, tendo em vista que a Fapesb conseguiu aderir ao Programa, pela sétima vez consecutiva, em uma época pandêmica, quando o mundo inteiro volta sua atenção para a necessidade de promover pesquisas científicas, principalmente direcionada à saúde pública. “Das 141 propostas submetidas, aprovamos 38 projetos, oriundos de diversos municípios, contemplando todas as regiões do nosso Estado, através de Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa, em um número amplo de instituições. Esses resultados iniciais demonstram os esforços do Governo do Estado em potencializar os municípios do interior e o contínuo trabalho da Secti, quem administra a Fapesb, em manter os agentes do ecossistema de CTI integrados, para promover a qualidade da atenção à saúde no estado da Bahia, com significativa contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico no SUS”.

Estudantes da rede estadual produzem bioplástico a partir de inhame

Projeto científico tem o objetivo de reduzir a quantidade de plástico descartado na natureza

Foi enquanto assistia a um programa de televisão que Marta dos Santos, uma ex-aluna do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira, em Ilhéus, teve uma ideia de produzir canudos de bioplástico para reduzir a quantidade desse material descartado no planeta, principalmente em mares e rios. O que Marta ainda não sabia na época é que, após concluir o seu curso técnico, o projeto seria continuado pelos estudantes Felipe Messias, Amanda Silva e Stephanie Viana, que, orientados pela professora Margarete de Araújo, conseguiram desenvolver, à base de inhame, uma matéria-prima que pode substituir o plástico comum.

A professora Margarete afirma que o inhame, antes de ser estudado para criação de um bioplástico, já foi utilizado em um outro projeto, com o objetivo de produzir um repelente para o mosquito Aedes Aegypt. “O inhame é um tubérculo nutritivo, muito consumido no mundo, e apesar de existir mais de 600 espécies, apenas algumas são consideradas comestíveis. Ele é rico em amido e minerais como fósforo, cálcio e ferro, além de possuir vários componentes que servem de matéria-prima para fármacos. Na busca por produzir um novo tipo de plástico, nosso grupo utilizou amido do inhame, água destilada, glicerol e vinagre branco. A próxima etapa agora é realizar testes para comprovar a qualidade do material. Esperamos que o produto obtido possa contribuir com a redução da poluição no meio ambiente”.

Ainda segundo a professora, como o produto é formado por resinas biodegradáveis derivadas de fontes renováveis, ele não causa danos ao meio ambiente, porque sua decomposição é mais rápida. “Quando as pessoas compram, elas levam os produtos para casa em embalagens, que, antigamente, eram feitas de papel. Hoje, são feitas de plásticos, materiais de grande durabilidade, sendo que alguns tipos podem permanecer por mais de 500 anos no meio ambiente. Uma das soluções possíveis para minimizar esse problema é substituir esses produtos por plásticos biodegradáveis, ou seja, materiais cujos componentes são derivados de fontes renováveis, ricos em celulose e amido, como é o caso do plástico à base de inhame”.

O trabalho está atualmente pausado devido à suspensão das aulas em virtude da pandemia de Covid-19, mas deve ser retomado assim que as atividades presenciais forem liberadas novamente. Além disso, o trio de estudantes está entre os finalistas da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada na Universidade de São Paulo (USP), em uma grande mostra de projetos. O evento busca estimular novas vocações em ciências e engenharia através do desenvolvimento de projetos criativos e inovadores para aproximar as escolas públicas e privadas das universidades.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.