Fapesb apoia o I Congresso Brasileiro de Educação Ambiental Interdisciplinar

O I Congresso Brasileiro de Educação Ambiental Interdisciplinar (COBEAI), evento organizado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) através do Projeto Escola Verde, ocorrerá nos dias 15, 16 e 17 de Outubro deste ano no Complexo Multieventos da Univasf, na cidade de Juazeiro-BA.

O I Congresso Brasileiro de Educação Ambiental Interdisciplinar (COBEAI), evento organizado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) através do Projeto Escola Verde, ocorrerá nos dias 15, 16 e 17 de Outubro deste ano no Complexo Multieventos da Univasf, na cidade de Juazeiro-BA.

O COBEAI, que acontecerá em conjunto com o IV Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar, tem como tema central “As mudanças climáticas e os problemas dos recursos hídricos”, mas, na ocasião serão discutidas diversas outras temáticas tais como Saúde Ambiental, Interdisciplinaridade, Coleta Seletiva e Desenvolvimento Sustentável.

O evento conta com uma vasta programação com 80 atividades diferenciadas, com a colaboração de 35 Instituições Sociais e Acadêmicas de todas as regiões do país. A programação inclui 20 Exposições Artísticas e Científicas, 5 Conferências, 20 Mesas Redondas, 16 Minicursos, 12 Oficinas, 2 Mostras de Videos, 4 Visitas Técnicas, além das Apresentações Orais e Apresentações de Banners.

As vagas são limitadas para as Mesas Redondas, Minicursos, Oficinas e Visitas Técnicas. Os participantes inscritos poderão optar entre as atividades disponíveis, já incluídas no ato da inscrição; além de poderem também submeter Resumos Expandidos ou Artigos Científicos para publicação nos Anais do evento com registro na Biblioteca Nacional (ISBN).

As inscrições com submissão de Resumos e Artigos seguem até o dia 15 de Setembro, e sem submissão de trabalho até o dia 10 de Outubro. Todos os participantes devidamente inscritos receberão Certificado de 30 horas de participação no evento pela Univasf. Embora a taxa de inscrição seja simbólica, os 100 primeiros professores da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) que se inscreverem no evento receberão isenção total da taxa.

Este evento conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.

Para conhecer melhor o evento, as normas de participação, as normas de submissão de Resumo e Artigo, ver a programação detalhada e realizar a Inscrição acesse:
http://weai.escolaverde.org/

Fapesb lança Edital de Apoio à Pesquisa na Empresa

A fim de fortalecer a pesquisa aplicada e o desenvolvimento empresarial no estado, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) lançou, no último dia 28, o Edital de Apoio à Pesquisa na Empresa, em parceria com o CNPq e seu Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE).

A fim de fortalecer a pesquisa aplicada e o desenvolvimento empresarial no estado, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) lançou, no último dia 28, o Edital de Apoio à Pesquisa na Empresa, em parceria com o CNPq e seu Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE).

O edital tem por objetivo a inserção de pesquisadores mestres e/ou doutores, profissionais de nível superior e estudantes de nível médio em empresas baianas de micro e pequeno porte, pequenas e médias, para atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (P, D & I).

Através da concessão de bolsas de pesquisa, serão apoiados, exclusivamente, projetos de inovação tecnológica nos seguintes temas: Biotecnologia, biodiversidade, agronegócio; fármacos, cosméticos e saúde, nanotecnologia, semicondutores e eletroeletrônicos; TIC, games, química, petroquímica, biocombustíveis, energias alternativas, meio ambiente, celulose e florestas, engenharia de produtos, processos, serviços, novos materiais, transporte, segurança, acessibilidade; mineração e economia criativa.

Para este edital, foi disponibilizado o valor total de R$ 1.500.000,00 (hum milhão e quinhentos mil reais), sendo R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais) do CNPq e R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) da FAPESB. Cada projeto poderá receber o valor máximo de R$ 188.000,00 (cento e oitenta e oito mil reais). As propostas com solicitações de recursos financeiros acima deste valor serão desenquadradas.

Para submeter uma proposta, o interessado deverá se cadastrar e preencher o formulário online até o dia 27 de outubro de 2015, conforme as informações disponíveis no site da Fapesb.

Por: Ascom/Fapesb

FAPESB cria Sistema para Consulta de Bolsas Vigentes com informações acessíveis ao público

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) criou um Sistema para Consulta de Bolsas Vigentes que permite ao público ter acesso às informações referentes aos bolsistas apoiados pela Fundação.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) criou um Sistema para Consulta de Bolsas Vigentes que permite ao público ter acesso às informações referentes aos bolsistas apoiados pela Fundação. A FAPESB concede bolsas em todas as áreas do conhecimento, que atendem desde alunos de ensino médio, com bolsas de Iniciação Científica Junior, a pesquisadores mais experientes, com bolsas de Pós-Doutorado ou de Pesquisador Visitante. Com esta nova ferramenta, o usuário poderá encontrar os dados utilizando filtros como município, instituição, área do conhecimento e modalidade de bolsas, além de visualizar o perfil dos pesquisadores.

Segundo Gian Coloni, engenheiro de software líder da equipe de desenvolvimento que criou o sistema, o processo mais importante foi a interação com o pesquisador: “A utilização de tecnologias modernas (Node.JS, Angular.JS e Bootstrap 3) possibilitou agregar agilidade e eficiência ao serviço. A melhoria no desempenho é notável, pois as transições entre os filtros disponíveis tornaram-se praticamente instantâneas, dispensando a ideia de recarregar a página a cada nova seleção. A paginação vertical é outro detalhe importante que traz um ganho imenso, fazendo com que seja visualizado um número maior de bolsistas, deixando a procura menos cansativa e mais intuitiva”.

O sistema conta com a capacidade de se adaptar a qualquer tamanho de tela, podendo ser acessado através de tablets e celulares sem a necessidade de utilizar o zoom para navegar. Isso é possível graças ao conceito de Responsive Web Design (RWD), que faz com que a interface responda com fluidez às mudanças de contexto e entregue ao pesquisador um resultado mais agradável. A aplicação segue também as recomendações de acessibilidade do eMAG (Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico), que permite às pessoas com algum tipo de deficiência usufruir normalmente de todas as funcionalidades do sistema, garantindo a melhor experiência para todos os usuários.

O Diretor-Presidente da FAPESB, Eduardo Almeida, disse que o sistema é de fundamental importância para a Fundação: “Através dele, oferecemos total transparência do nosso Programa de Bolsas (Progbol) que é responsável por disponibilizar mais de 3000 bolsas por ano. Além disso, ele nos permite obter alguns importantes indicadores sobre nossa indução no estado”. Eduardo afirmou ainda que este foi o passo inicial para a criação de um observatório com diversos indicadores sobre as ações de pesquisa e inovação da FAPESB.

Gecynalda Gomes, coordenadora do Programa de Bolsas (Progbol) da Fapesb, reitera a importância do sistema para a transparência dos dados: “Com esse novo sistema, a FAPESB mostra de forma transparente o perfil de seus bolsistas vigentes. As informações disponibilizadas vão desde uma contagem do número de bolsistas em determinada área até o valor total a ser recebido pelo bolsista. Essa transparência de dados públicos faz com que uma administração pública se torne cada vez mais confiável.”

Clique aqui e conheça o Sistema para Consulta de Bolsas.

Por: Ascom/Fapesb

Fapesb completa 14 anos e premia pesquisador baiano por mérito científico

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) completou 14 anos nesta quinta. Criada com o objetivo de encurtar o caminho para superação de desigualdades regionais através do apoio ao desenvolvimento da área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), a Fundação, ao longo dos anos, tornou-se protagonista no fomento a pesquisas em diversas áreas do conhecimento.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) completou 14 anos nesta quinta. Criada com o objetivo de encurtar o caminho para superação de desigualdades regionais através do apoio ao desenvolvimento da área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), a Fundação, ao longo dos anos, tornou-se protagonista no fomento a pesquisas em diversas áreas do conhecimento.

Durante a solenidade de aniversário o diretor geral da Fundação, Eduardo Almeida, falou sobre a importância da Fapesb para o desenvolvimento socioeconômico do Estado da Bahia. Afirmou também que a Fundação tem desempenhado um papel crucial no desenvolvimento científico e de inovação no estado com o seu programa de bolsas que, segundo ele, contribuiu fortemente com a expansão e consolidação da pós-graduação na Bahia: “Este é um momento de celebrar os esforços da Fundação. Atualmente é um período de recessão econômica, mas a gente acredita que o esforço que está sendo feito hoje pelo governo do estado, pela secretaria e pela nossa diretoria é uma importante forma de manter os investimentos na formação de recursos humanos”.

Como parte da comemoração, a FAPESB concedeu o Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico ao pesquisador Maurício Lima Barreto, professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (aposentado em 2013) e pesquisador sênior da Fiocruz-CPqGM. Barreto dedicou o prêmio à sua família e agradeceu aos colegas e às instituições que fizeram parte de sua trajetória como pesquisador. Ele falou sobre a responsabilidade gerada pelo prêmio e de sua relação com o professor Roberto Santos, presidente da Academia de Ciências da Bahia (ACB): “É uma honra receber esse prêmio, mas é uma responsabilidade à medida em que ele vai ser dado todos os anos. Como ninguém recebeu antes de mim, não posso falar sobre meus antecedentes, mas queria falar sobre a pessoa que dá nome a esse prêmio e dizer a Roberto Santos que agora estamos vinculados, não tem mais jeito, seu nome vai estar em meu currículo”, brincou.

O professor Barreto contou sua história acadêmica e lembrou seus anos de convívio com Roberto Santos na Escola de Medicina da UFBA. Tendo entrado precocemente no mundo da pesquisa científica, Barreto falou sobre seu prazer em ser pesquisador: “Acho que a liberdade do pensamento é uma grande característica da investigação. O direito e a liberdade de pensar são conquistas pelas quais devemos prezar bastante”.

Na ocasião, o secretário Manoel Mendonça (SECTI) enfatizou o trabalho da Fundação como agência de fomento: “Hoje, a Fapesb faz 14 anos e é fundamental para nossa Ciência, Tecnologia e Inovação. Nosso trabalho realmente é um grande agente, um grande braço em relação a políticas do estado”. Ao discursar na entrega do Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico o secretário falou sobre a honra da Fapesb e do Governo do Estado em dar ao prêmio o nome do presidente da ACB: “É uma honra para a Fapesb e para toda a Bahia, pois Roberto Santos tem sido um grande líder na ciência e política há muitos anos”.

Roberto Santos afirmou que o prêmio foi entregue ao professor Barreto como reconhecimento de toda a comunidade científica por sua capacidade, carreira e produção científica: “A Fapesb agiu muito bem em tê-lo escolhido para uma homenagem que começa a partir de hoje mas, seguramente, reconhecerá muitos dos demais cientistas que estão desenvolvendo e realizando trabalhos de plena importância aqui na Bahia”.

A solenidade de aniversário contou com a presença de reitores, secretários, ex-diretores, colaboradores, pesquisadores e membros da comunidade acadêmica. Para finalizar o evento, a Fapesb apresentou um vídeo institucional que pode ser conferido clicando aqui.

Por: Ascom/Fapesb

Pesquisador baiano receberá Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB lançou, este ano, o Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico, cujo intuito é reconhecer o trabalho realizado pelos pesquisadores que contribuem para o desenvolvimento do estado, além de estimular o exercício da pesquisa científica. O escolhido pelo Comitê de Busca formado para este fim foi Maurício Lima Barreto, professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e da FIOCRUZ/Bahia.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB lançou, este ano, o Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico, cujo intuito é reconhecer o trabalho realizado pelos pesquisadores que contribuem para o desenvolvimento do estado, além de estimular o exercício da pesquisa científica. O escolhido pelo Comitê de Busca formado para este fim foi Maurício Lima Barreto, professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e da FIOCRUZ/Bahia.

Barreto foi o escolhido entre nove candidatos, indicados por meio de uma Consulta Pública aos pró-reitores de pesquisa das universidades baianas (federais, estaduais e particulares sem fins lucrativos), aos diretores dos institutos de pesquisa na área de Ciências da Vida sediados no estado e aos pesquisadores do CNPq atuantes na área. A Comissão que decidiu pela premiação do professor Barreto foi composta por Esper A. Cavalheiro, Francisco M. Salzano e Paulo M. Buss e ratificado pela Diretoria Executiva da Fapesb.

Como critérios para escolha do premiado, a Comissão analisou a produção científica, a publicação dos resultados em artigos científicos, livros e capítulos de livros; a preocupação com a formação de recursos humanos, especialmente em nível de pós-graduação; e o reconhecimento por seus pares, através de sua classificação como Bolsista de Pesquisa do CNPq, bem como prêmios e honrarias recebidos em sua carreira.

A premiação acontecerá nesta quinta-feira, durante a solenidade de aniversário da Fapesb, que completa 14 anos. O evento contará com a presença de secretários do estado, reitores e pró-reitores de universidades e instituições de ensino superior e pesquisa, representantes de instituições parceiras, ex-diretores da Fundação e membros da Academia de Ciências.

Leia o parecer na íntegra:

PARECER
TRABALHOS DE ESCOLHA DO VENCEDOR DO PRÊMIO ROBERTO SANTOS

A Comissão indicada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia, composta (em ordem alfabética do primeiro nome) por Esper A. Cavalheiro, Francisco M. Salzano e Paulo M. Buss para realizar a indicação do vencedor do Prêmio Roberto Santos deseja inicialmente manifestar ter sido muito difícil a tarefa de indicação, devido à qualidade dos “curriculum vitae” dos nove candidatos inscritos. Foi realizado, no entanto, um exame minucioso dos mesmos, tendo como critérios básicos: 1. A produção científica, como medida pela importância dos assuntos considerados e a publicação dos resultados em artigos científicos “in extenso”, livros e capítulos de livros; 2. A preocupação com a formação de recursos humanos, especialmente em nível de pós-graduação; e 3. O reconhecimento por seus pares, através de sua classificação como Bolsista de Pesquisa do CNPq, bem como prêmios e honrarias recebidos em sua carreira. A decisão final recaiu sobre MAURÍCIO LIMA BARRETO. Obteve ele seu Doutorado em 1987 no Reino Unido, é professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e da FIOCRUZ/Bahia, instituições onde desenvolve pesquisas de alto nível nas áreas de saúde coletiva e da epidemiologia das doenças infecciosas. Publicou 355 artigos científicos “in extenso” no período entre 1974 e 2015, bem como dois livros e 47 capítulos de livros. Ao longo de sua carreira, formou 18 Mestres e 23 Doutores. Como reconhecimento por sua atuação é ele, atualmente, Pesquisador 1A do CNPq, Membro da Ordem do Mérito Científico em nível de Comendador, Membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e Membro da “The World Academy of Sciences for Advancement of Science in Developing Countries (TWAS)”; sendo, portanto, amplamente merecedor do Prêmio que agora lhe é outorgado.

São Paulo/Porto Alegre/Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2015

Esper A. Cavalheiro / Francisco M. Salzano / Paulo M. Buss

Por: Ascom/Fapesb

FAPESB realiza Seminário de Monitoramento Parcial de Projetos de Pesquisa em Saúde para o SUS

Teve início nesta terça-feira, 25/08, na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), o Seminário de Monitoramento Parcial do Programa de Pesquisa para o SUS – PPSUS-BA: Gestão Compartilhada em Saúde.

Teve início nesta terça-feira, 25/08, na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), o Seminário de Monitoramento Parcial do Programa de Pesquisa para o SUS – PPSUS-BA: Gestão Compartilhada em Saúde. O seminário tem como intuito realizar o monitoramento dos projetos que foram aprovados no Edital Nº 020/2013, cujo objetivo foi apoiar por meio de aporte financeiro o desenvolvimento de pesquisas científicas, tecnológicas e/ou de inovação na área de saúde pública. Este edital é fruto de uma parceria da Fapesb com o Ministério da Saúde, CNPq e Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

A mesa de abertura do Seminário contou com a presença do Diretor Científico da Fapesb, Dr. Saulo Carneiro e o Sub-Secretário da SESAB, Dr. Roberto Badaró. Segundo Saulo Carneiro, outro seminário está previsto para setembro deste ano: “Este seminário é importante porque é a primeira etapa para o seminário de setembro, onde serão estabelecidas as prioridades para o edital PPSUS de 2016″. Para este edital, foram disponibilizados recursos financeiros totais no valor de R$ 2.300.000 (dois milhões e trezentos mil reais). Cerca de 40 pesquisadores serão avaliados até essa terça-feira (26).

Os projetos englobam temas prioritários para saúde no Estado da Bahia, como: Saúde reprodutiva sexual de pacientes com Anemia Falciforme; Infecções respiratórias virais em crianças com Pneumonia; Saúde de idosos residentes em municípios de pequeno porte; Estratégias para o combate de doenças negligenciadas e câncer; Práticas de saúde bucal em crianças, dentre outros.

Durante o seminário, os pesquisadores expõem os objetivos, resultados e métodos de seus projetos, que são avaliados por uma banca. Após cada apresentação, os componentes da banca fazem observações, levantam questionamentos, discutem e esclarecem dúvidas.

Segundo Felipe Fagundes, representante do Ministério de Saúde, é importante que os resultados finais sejam incorporados ao repertório do Sistema Único de Saúde (SUS) para melhorar estrategicamente o atendimento à população. Felipe ressaltou também que a Bahia possui o maior número de pesquisadores e é um dos estados com o maior investimento em saúde do nordeste: “Nos últimos dez anos, investimos cerca de 255 milhões de reais”. De acordo ele, o próximo Edital PPSUS, de 2016, já está sendo organizado em parceria com a Fapesb, a Sesab e o CNPq.

Por: Ascom/Fapesb

Fapesb completa 14 anos de apoio à CT&I no estado

No dia 27 de agosto, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) completará 14 anos. Criada em 2001, a Fapesb tem como objetivo apoiar projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação, promovendo o fomento à pesquisa, por meio de seus editais e à formação de recursos humanos por meio do seu Programa de Bolsas.

No dia 27 de agosto, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) completará 14 anos. Criada em 2001, a Fapesb tem como objetivo apoiar projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação, promovendo o fomento à pesquisa, por meio de seus editais e à formação de recursos humanos por meio do seu Programa de Bolsas.

Nos últimos nove anos, a Fundação investiu cerca de R$ 585 milhões em programas e projetos por meio de 200 editais e chamadas públicas. Além disso, foram apoiados cerca de 5 mil projetos e concedidas cerca de 23 mil bolsas em diversas áreas do conhecimento.

Para comemorar seus 14 anos, a Fapesb realizará uma solenidade para convidados, que contará com a presença de secretários do estado, reitores e pró-reitores de universidades e instituições de ensino superior e pesquisa, representantes de instituições parceiras, ex-diretores da Fundação e membros da Academia de Ciências.

Como parte da solenidade, a Fapesb consagrará um pesquisador baiano com o Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico, que em sua primeira edição, contemplará a área de Ciências da Vida. O prêmio tem por intuito reconhecer o trabalho realizado por pesquisadores do estado, bem como estimular o exercício de pesquisas científicas que compactuam com o compromisso da Fapesb em melhorar as condições socioeconômicas da população baiana.

Solenidade de Comemoração dos 14 anos da Fapesb
Data – 27 de agosto de 2015
Horário – às 14h
Local – Fapesb – Rua Prof. Aristides Novis, 203, Federação

Por: Ascom/Fapesb

A Fapesb e seu Compromisso com a Comunidade Científica e o Estado

Desde a antiguidade, a soberania das nações e evolução dos seus povos sempre estiveram diretamente relacionadas à Ciência. A busca pelo conhecimento representa os desafios, soluções e conquistas das grandes civilizações. Entretanto, na atualidade, para atender às demandas da sociedade moderna, utiliza-se o termo composto pelos vocábulos Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Ou seja, a Ciência deve ser aplicada para a criação, desenvolvimento e produção de tecnologias.

Desde a antiguidade, a soberania das nações e evolução dos seus povos sempre estiveram diretamente relacionadas à Ciência. A busca pelo conhecimento representa os desafios, soluções e conquistas das grandes civilizações. Entretanto, na atualidade, para atender às demandas da sociedade moderna, utiliza-se o termo composto pelos vocábulos Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Ou seja, a Ciência deve ser aplicada para a criação, desenvolvimento e produção de tecnologias.

Nesse contexto, o governador Rui Costa tem permitido acontecimentos importantes no setor da CT&I do Estado. O passo decisivo foi dado com a nomeação do Professor Doutor da UFBA Manoel Mendonça como dirigente da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI). Com um perfil técnico de alta qualificação, o Secretário tem exercido sua liderança com medidas muito bem vistas pela comunidade científica. Além de compor uma Secretaria eficiente, cuja reputação é notória no seu quadro formado por diversos pesquisadores doutores em diferentes Áreas do conhecimento, sua indicação para a Diretoria Geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) foi atendida. Em abril deste ano, o também Professor Doutor da UFBA, Eduardo Santana de Almeida, foi nomeado pelo governador como dirigente máximo da Fundação. Vinculada à SECTI, a Fapesb apoia programas, instituições e projetos científicos do Estado.

Outrossim, nesses quatro meses, a nova gestão vem adotando uma filosofia semelhante quanto à composição de sua equipe e medidas que visem à melhoria da aplicabilidade de recursos públicos para o progresso da CT&I na Bahia. Para efeito de constatação, basta mencionar que para os seis editais lançados no último mês de abril, que somavam um montante de quase 35 milhões de reais, mais de 1200 propostas de projetos foram submetidas à Fapesb. Um número bastante expressivo e que motiva os pesquisadores da Bahia. Embora o panorama econômico não seja favorável, para manter esses investimentos, a Fundação tende a aumentar as parcerias federal e internacional, fortalecendo a relevância científica local. Ademais, mudanças internas e estruturais também são essenciais. Um novo sistema informatizado e a criação de um observatório que apresente indicadores estatísticos reduzirão a burocracia e custos, ao passo que aumentarão a transparência e agilidade. Apenas com bolsas de pesquisa, o investimento mensal da Fapesb gira em torno de 3,7 milhões de reais para a formação de novos cientistas. Portanto, é imprescindível uma gestão eficiente baseada em critérios específicos e responsáveis.

Sob tal prisma, entende-se que os recursos devem ser direcionados às Áreas estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do Estado. Setores como mobilidade urbana, segurança pública, energia e recursos hídricos representam uma perspectiva de aumento significativo em soluções científicas, uma vez que temos pesquisadores renomados nas engenharias e ciências exatas, Áreas estas que, no entanto, foram menos contempladas anteriormente pela Fundação. A Bahia tem um elevado potencial para a exploração do uso das energias solar e eólica, por exemplo. Dessa maneira, a Fapesb irá lançar editais temáticos nos próximos anos e continuará o fomento à pós-graduação das universidades. Nessa esfera, uma forma de direcionar e aplicar as pesquisas no Estado é manter um alinhamento com suas respectivas secretarias. Finalmente, ratifica-se um aperfeiçoamento das relações com a indústria, o que viabiliza a transformação da Ciência em inovação tecnológica, gerando emprego, renda e maior competitividade às empresas baianas.

Sem embargo, apesar da importante simbiose entre a SECTI e a Fapesb, é necessária uma participação maior da comunidade científica no planejamento e definição das ações para o desenvolvimento sustentável do Estado. Para tanto, nossa Fundação mantém fortemente um diálogo transparente com pesquisadores, cientistas e lideranças políticas, de tal forma que tenhamos cada vez mais uma representatividade relevante perante a sociedade. Vale destacar que a Academia de Ciências da Bahia, sob a presidência e vice-presidência dos Professores Doutores Roberto Santos e Edivaldo Boaventura, respectivamente, promove diversas palestras e debates abertos ao público no auditório da Fapesb. Mestres e Doutores são formados não somente para atuar nas universidades, mas também para promoverem avanços científicos e tecnológicos que impactem positivamente na economia e melhorem a qualidade de vida da população, sendo este o compromisso da Fapesb.

Por: Marcus Americano
Fonte: Bahia Notícias

Fapesb apoia II Simpósio Micológico do Semiárido

A UNEB, por meio do Colegiado de Ciências Biológicas do Departamento de Educação (DEDC) do Campus VII, realiza o II Simpósio Micológico do Semiárido, entre os dias 26 e 29 de setembro de 2015, em Senhor do Bonfim – BA.

A UNEB, por meio do Colegiado de Ciências Biológicas do Departamento de Educação (DEDC) do Campus VII, realiza o II Simpósio Micológico do Semiárido, entre os dias 26 e 29 de setembro de 2015, em Senhor do Bonfim – BA.

O Simpósio tem como perspectiva de discussão temas ligados a Micologia. Nesta segunda edição, pretende-se discutir a exploração de recursos micológicos no Brasil. O evento conta com a participação de profissionais renomados para difundir e demonstrar os diferentes estudos e avanços alcançados nesta área do conhecimento no nordeste e em todo território nacional.

O público alvo do simpósio são estudantes de graduação, pós-graduação e profissionais da área. A programação conta com palestras, mini-cursos, apresentações de trabalhos e mesas redondas. Aqueles que desejam participar como ouvintes devem preencher a ficha de inscrição e encaminhar para o e-mail enbiomicologia@gmail.com até o dia 21 de agosto. Há ainda a opção de efetuar a inscrição presencialmente até o dia do evento, no Espaço de Micologia do Campus VII.

Este evento conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.

Para mais informações, acesse: http://enbiomicologia2015.blogspot.com.br/.

Por: Ascom/Fapesb

Giro na Ciência – Embalagens feitas de materiais biodegradáveis ajudam a preservar frutas frescas

Embalagens biodegradáveis, obtidas a partir da adição de nanocristais de celulose a polímeros feitos com amido e quitosana – fibra produzida a partir do esqueleto de crustáceos como camarão, caranguejo e lagosta – ,poderão se tornar uma vantagem competitiva relevante para as exportações baianas de mangas na forma fresh-cut, ou seja, sem casca e sem caroço, para o mercado internacional.

Embalagens biodegradáveis, obtidas a partir da adição de nanocristais de celulose a polímeros feitos com amido e quitosana – fibra produzida a partir do esqueleto de crustáceos como camarão, caranguejo e lagosta-, poderão se tornar uma vantagem competitiva relevante para as exportações baianas de mangas na forma fresh-cut, ou seja, sem casca e sem caroço, para o mercado internacional. Tudo vai depender dos resultados em escala industrial de um projeto de inovação desenvolvido pelo Laboratório de Alimentos e Bebidas do Senai-Cimatec, em Salvador. “Atualmente, existe uma forte demanda para as frutas frescas já prontas para consumo, denominadas produtos minimamente processados, tendo em vista, principalmente, a facilidade e a praticidade”, diz Bruna Machado, coordenadora do projeto.

A ideia de adicionar os nanocristais ocorreu em decorrência da experiência da pesquisadora com seu projeto de mestrado em Ciências de Alimentos, na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Seu objetivo era a obtenção de nanocristais oriundos do coco, incorporados em embalagens de amido de mandioca, utilizadas para envasar azeite de dendê. Os resultados da dissertação renderam a Bruna Machado o primeiro lugar na categoria Pesquisadores do concurso Ideias Inovadoras, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). Ela explica que a exportação de mangas in natura implica uma perda econômica elevada para o país, já que a casca e o caroço são considerados rejeitos. “Em muitos casos, as frutas, quando chegam aos países de destino, são processadas em fábricas ou nos próprios supermercados e embaladas para chegar até as prateleiras e atender à demanda dos consumidores locais.”

O custo com o transporte das frutas in natura é outro obstáculo enfrentado pelos exportadores. Os empresários do setor esclarecem que a casca e o caroço ocupam cerca de 40% a 60% do peso e espaço nos contêineres e paletes frigorificados a serem enviados pelos navios mercados afora. As mangas são exportadas inteiras dentro de caixas de papelão específicas, que podem estar envolvidas em cera de carnaúba e embaladas em papel seda. O uso da refrigeração se dá com o intuito de preservar as características das frutas durante a viagem aos mercados europeu e norte-americano, que dura em média 14 dias.

De acordo com Bruna Machado, o objetivo da pesquisa do Senai-Cimatec é desenvolver embalagens biodegradáveis inovadoras, com propriedades antioxidantes, que possibilitem aumentar a vida de prateleira, agregando valor ao produto baiano, e permitir a exportação de um maior volume efetivo da fruta. “A exportação das mangas já minimamente processadas e embaladas com essa tecnologia no país de origem poderá minimizar o custo do transporte e ainda preservar as frutas por mais tempo”, diz.

O tipo de manga escolhido para o estudo foi a Tommy Atkins, resultado de extensas pesquisas de seleção e melhoramento genético, que tem sabor doce e pouca fibra. Além disso, outra vantagem da fruta, quando comparada a outras variedades, é sua resistência mecânica e térmica durante o transporte, e mais tempo de estocagem prolongado e a boa tolerância à antracnose, doença causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, considerado a maior praga dos mangueirais. A variedade é a preferida dos agricultores brasileiros, respondendo por cerca de 80% da área cultivada no país.

A pesquisadora ressalta que o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis para aplicação em frutas processadas com permeabilidade seletiva aos gases é um processo promissor, pois funciona, em princípio, como um acondicionamento de atmosfera modificada. “Como frutas em geral são muito sensíveis, o processamento que permita o controle eficiente da concentração dos gases pode prolongar satisfatoriamente o período de armazenamento dos produtos processados, bem como seu transporte eficiente”, diz.

Para ela, o maior desafio do projeto é melhorar as propriedades mecânicas e de barreira desses produtos inovadores com a adição de nanocristais, responsáveis por evitar que os frutos sejam machucados, amadureçam rapidamente e apodreçam. Para tanto, é preciso desenvolver e caracterizar diferentes embalagens biodegradáveis e poliméricas para os cortes das mangas e compará-las para identificar a composição que melhor garanta a manutenção das características nutricionais, microbiológicas e sensoriais da fruta, adequando-se às exigências do mercado internacional.

A obtenção de nanocristais envolve a extração de celulose da fibra de coco, sabugo e palha de milho, além do farelo de trigo, que são adicionados a matrizes poliméricas obtidas de fontes naturais renováveis como o amido e a quitosana. Dessa maneira, segundo a coordenadora do projeto, o uso de embalagens biodegradáveis incorporadas com nanocelulose pode torná-las mais resistentes mecanicamente, além de apresentar barreira ao vapor d’água ao reduzir a concentração de oxigênio em seu interior.

RESULTADOS PRELIMINARES

Cada material testado no Laboratório de Alimentos e Bebidas do Senai-Cimatec passa por análise para avaliação de rendimento. Primeiro, as fibras são lavadas com solução alcalina, para a remoção de material solúvel e parte da lignina, uma fibra insolúvel em água. Geralmente, essa lavagem é feita quatro vezes. Depois é realizado o branqueamento da massa obtida na etapa anterior. A celulose obtida é secada e triturada e em seguida é feita a hidrólise ácida do material resultante. Nessa etapa, o ácido presente consegue “atacar” a celulose, quebrando as fibrilas, restando apenas a parte cristalina, ou seja, os cristais de celulose. Por fim, os cristais se encontram “dispersos” em uma solução aquosa. “Chamamos de nanocristais porque na análise pela técnica de microscopia eletrônica de transmissão conseguimos medir os cristais, que estão em tamanhos nanométricos”, explica Bruna.

Os resultados preliminares indicam que a celulose originária da fibra do coco rende por volta de 20% a 30% a mais do que a do sabugo e palha de milho e do farelo de trigo. Esta celulose, chamada de aditivo de reforço, é adicionada às matrizes poliméricas, que podem ser amido de mandioca, batata ou milho e quitosana, formando soluções filmogênicas que deverão ser aquecidas para produzir os filmes. “O importante aqui é encontrar o produto com melhor custo-benefício, pois pretendemos partir da escala laboratorial para a industrial”, ressalta.

Outra proposta é a elaboração de embalagens com atmosfera modificada, nas quais são testados diferentes gases, como nitrogênio e dióxido de carbono, ou reduzidos os teores de oxigênio, a fim de inibir a proliferação de microrganismos e retardar o apodrecimento natural na fruta. “O resultado obtido com o uso desse tipo de embalagem é um produto que se mantém fresco por um período muito maior, sem necessidade de congelamento.” Segundo a pesquisadora, essa é uma técnica já empregada comercialmente, principalmente para hortaliças. Ela destaca ainda que faz parte da linha de frente da pesquisa a combinação de algumas dessas tecnologias, como, por exemplo, adicionar a atmosfera modificada na embalagem de amido e/ou quitosana, incorporada ou não com os nanocristais.

O estudo do Senai-Cimatec ainda está em fase de desenvolvimento das embalagens ecológicas, mas Bruna Machado informa que outros estágios já estão por vir e seguem um cronograma estabelecido. O próximo passo é avaliar o tempo de vida do produto na prateleira. Nessa etapa, serão observados parâmetros sensoriais, como coloração, consistência, aroma e sabor, além de aspectos microbiológicos e nutricionais das mangas acondicionadas.

Todo o sistema, segundo Bruna, será realizado de forma a simular a maneira como os frutos poderão ser exportados em sua forma fresh-cut e empacotados em freezers. “Em média, o transporte de cargas de um país para outro por via marítima leva de 14 a 40 dias, mas nossa investigação deverá durar 90 dias para avaliar o tempo de estocagem das mangas até a fase em que serão vendidas diretamente ao consumidor estrangeiro”, anuncia.

As atividades do projeto, intitulado “Desenvolvimento, caracterização e análise comparativa de diferentes embalagens para acondicionamento de mangas fresh-cut para agregação de valor ao processo de exportação”, tiveram início em novembro de 2014, após ter sido contemplado no Edital de Apoio a Soluções para a Fruticultura no Estado da Bahia, da Fapesb. O recurso aportado é de R$ 192 mil, incluindo duas bolsas de pesquisa, sendo uma de iniciação científica e outra de apoio técnico. Um estudante de mestrado também participa do projeto, feito em colaboração com a UFBA, a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

A pesquisa está prevista para ser feita durante 34 meses e envolve desde o desenvolvimento das embalagens, a avaliação do estado de vida de prateleira, até a publicação de artigo e depósito de patente, se for o caso. Bruna Machado chama a atenção para o fato de que o objetivo do estudo não é substituir as embalagens de papelão, que são tradicionalmente usadas no transporte das mangas, e sim oferecer uma opção diferenciada na linha de produção do agronegócio baiano.

TECNOLOGIA LIMPA

Um quesito que deve ser levado em consideração é que as embalagens provenientes de fontes naturais renováveis têm sido foco de interesse para o desenvolvimento de novas tecnologias que visam à preservação ambiental e a busca de potenciais alternativas de substituição de plásticos convencionais oriundos do petróleo, que levam centenas de anos para se decompor.

O engenheiro de materiais José Manoel Marconcini, do Laboratório de Nanotecnologia para o Agronegócio da Embrapa Instrumentação, localizado em São Carlos, no interior de São Paulo, explica que na literatura científica existem estudos que avaliam frutas em seu estado minimamente processado utilizando embalagens convencionais, como, por exemplo, produzidas com poli (ácido lático), ou PLA, um produto comercial derivado do milho, uma fonte natural renovável e biodegradável. Outras embalagens também bastante estudadas são as produzidas a partir da espécie bacteriana Burkholderia sacchari, que se alimenta do açúcar da cana, chamadas de poli-hidroxibutirato (PHB).

Marconcini chama a atenção para as dificuldades de inserção da embalagem biodegradável no mercado. Ele explica que o principal empecilho pode ser o preço final do produto. “Se a embalagem for muito cara, o consumidor não vai querer pagar”, diz. No caso das embalagens comestíveis, como a desenvolvida na Embrapa, o pesquisador afirma que as barreiras de laboratório já foram vencidas e o processo de transferência para as empresas já está em fase de negociação. “O mercado de alimentos read to eat (pronto para comer) e fresh-cut está crescendo exponencialmente e existe uma série de empresas interessadas em absorver essas tecnologias”, evidencia.

Na Bahia, ainda não há uma produção local de filmes biodegradáveis. Segundo Bruna Machado, no momento, o que está sendo produzido é em escala laboratorial. “Após os resultados de nossa pesquisa, visamos à possibilidade de produção industrial”, diz. “Estamos unindo esforços com a UFBA, mais especificamente com a professora Janice Druzian, da Faculdade de Farmácia, para viabilizar a produção industrial dessas embalagens”, completa.

No mercado baiano de exportação de mangas acompanha-se com atenção esses novos desenvolvimentos de embalgens.O exportador de frutas Sílvio Medeiros, da Agrobras, empresa localizada em Casa Nova, entende que o consumidor do exterior quer praticidade e diz que as frutas fresh-cut já ocupam cerca de 20% das vendas no mercado americano. “Se o preço da embalagem não encarecer muito o produto, os nossos ganhos e o da economia baiana podem ser maiores”, comenta em relação à possibilidade de usar embalagens biodegradáveis.

Outro executivo do setor, Thiago Silva, da Ibacem Agrícola Comércio e Exportação, com sede em Juazeiro, ressaltou que só em feiras internacionais vê essas novas embalagens biodegradáveis. “Entramos em contato com essa tecnologia em feiras agrícolas fora do país.” O gerente agrícola gostaria de testar o produto do Senai-Cimatec como uma opção a mais na oferta de produtos da Ibacem.

Para Bruna Machado, Sílvio Medeiros e Thiago Silva são potenciais parceiros de seu projeto, além das cooperativas e packing houses da região do Vale do Submédio do São Francisco e Sudoeste da Bahia. “Essa é a nossa ideia inicial, transferir o conhecimento aos produtores. Nossa esperança é que eles possam adequar a infraestrutura de suas fazendas para poder produzir essas embalagens e utilizá-las no processamento das frutas”, diz.

A pesquisadora comenta que, para a coleta das mangas voltadas ao estudo, o grupo do Senai-Cimatec visitou os principais produtores da fruta no estado e estabeleceu o compromisso de transmitir os resultados dos testes em laboratório. “Também pretendemos elaborar uma cartilha ensinando como fazer o corte das mangas, embalá-las e acondicioná-las”, acrescenta. Ainda de acordo com Bruna, outra possibilidade poderia ser a colaboração com empresas que já produzem embalagens biodegradáveis.

A manga brasileira é um dos objetos de desejo nas prateleiras dos supermercados americanos e europeus. Trata-se de uma das frutas tropicais mais consumidas em todo o mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), o Brasil ocupa o terceiro lugar na produção mundial de frutas, sendo o sétimo produtor mundial de manga. Ainda de acordo com os dados da FAO, em 2010, foram exportadas cerca de 120 mil toneladas de manga, com uma receita próxima a US$ 120 milhões. Em 2011, apesar do pequeno crescimento do volume, que passou para 127 mil toneladas, a receita de exportação se aproximou dos US$ 141 milhões por causa dos bons preços da manga brasileira no mercado internacional.

Nesse cenário, a Bahia lidera, pois é responsável pelo abastecimento dos mercados mais exigentes, dominando as exportações brasileiras. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as mangas do Vale do Submédio São Francisco responderam, em 2012, por aproximadamente 80% do total exportado pelo país. Até outubro do mesmo ano, o Brasil havia exportado cerca de 90 mil toneladas do fruto. Deste total, cerca de 80 mil tiveram origem nessa região. Na Bahia, as cidades de Juazeiro, Livramento de Nossa Senhora e Dom Basílio se destacam como os maiores polos produtores de manga.

Enquanto soluções tecnológicas não são incorporadas pelos produtores brasileiros, já existem companhias internacionais que atuam na exportação de mangas e apostam na logística de transporte. Um exemplo é a empresa Blue Skies, que investe no processamento das frutas no país de origem em vez de serem transportadas e processadas nos países de consumo. “Conseguimos entregar nos pontos de venda as frutas frescas diretamente do produtor num período de 48 horas via transporte aéreo”, informa Simon Derrick, gerente de comunicação. Segundo ele, este processo rápido garante que as frutas mantenham as suas características sem a adição de conservantes. As mangas brasileiras são acondicionadas em bandejas de plástico PET reciclável e embaladas em uma película respirável. “Ao fazermos isso, acreditamos que cerca de 70% do valor fica no país de origem, em comparação com os 15% quando o processamento é feito em outro local.”

Por: Mariana Alcântara – Revista Bahia Ciência